domingo, 11 de abril de 2010

Vou te contar...

Os pilares convergentes, pintados de branco, encontravam-se no teto a muitos metros acima de nossas cabeças. Ao redor, paredes brancas e vidros, transparentes, emoldurados com madeira - tal qual o forro acima de nós. Não haviam mosaicos, apenas vidros quadrados dispostos de forma moderna. Três grandes lustres, presos à viga central do teto, desciam até o corredor onde a daminha, delicadamente, deixava pétalas de rosas. A noiva passaria ali poucos segundos depois. Os olhares eram alegres e ansiosos, e levemente encolhidos por conta do frio. Os vestidos brilhavam pouco, muitas vezes cobertos por um casaco que seria retirado mais tarde, na recepção. E a beleza de algumas mulheres transcendia seus corpos temporariamente escondidos, e irradiava pelo lugar sem pudor ou limites. Mas a alegria ultrapassava os valores da sensualidade de outrem, e a energia gerada era da mais pura e bela alegria. Mais um amigo se casava!

Sem dúvida nenhuma, foi o noivo mais tranquilo que já conheci. Abordando-me na porta da igreja, conversamos como se estivéssemos num evento qualquer. Rio de Janeiro, Aruba, voo livre, camisa e gravata rosa, e outros assuntos que definitivamente nem vêm à cabeça de um noivo comum. Num comentário pra lá de sincero entre eu e algumas primas dele, concluímos que a tranquilidade dele se dava pela falta de consciência do que ele estava fazendo. :- )

Brincadeiras à parte, casamentos são sempre muito legais. Há uma energia sublime nestes eventos, algo que, de fato, me causa a impressão de que não seria preciso mais nada além de todo aquele sentimento bom para que a felicidade estivesse garantida! Seja verdade ou não, e seja cristão ou não, devo reconhecer: tenho uma pontinha de inveja de toda a felicidade que vejo, em meus amigos, por ter encontrado a sua garota. Faz-me pensar que o Tom estava certo quando escreveu Wave... Abraços, e ponto.

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