quarta-feira, 29 de julho de 2009

Enquanto isso, na sala secreta do senado...

Minha vida está um tiroteio; corro para um lado, me abaixo de outro, corro para outro, não paro no mesmo lugar por mais de 2 minutos. Havia já me esquecido da correria que é abrir uma empresa, mas relembro aos poucos de todos os trâmites burocráticos agora, quando coloco em prática mais um projeto - que será divulgado no momento oportuno. Mas é claro que isso não interessa muito. Então vamos ao que interessa, que o resto não tem pressa!

Na realidade, o senado hoje estava em recesso, e a diarista resolveu dar uma espiadinha na sala secreta. Dentre todas sa besteiras audiovisuais que nosso prezadíssimo Agaciel mantinha, a Valdicléia achou um filme curioso, nacional, curta, que, como todos no estilo, teve pouca divulgação. O filme se chamava Palíndromo, e foi dirigido por Philippe Barcinski. Palíndromos são aquelas palavras ou frases que podem ser ditas ao contrário; algo como "Subi no ônibus". E, pensando bem, nossas vidas nada mais são do que palíndromos, certo?!

A Valdicléia, que até então não sabia o que era um palíndromo, se pôs a pensar naquilo. Imaginou como seria bom se tudo fosse de trás para frente, e soubéssemos do final antes mesmo de pensar em começar algo. Se víssemos o beijo do adeus ou o último abraço do até breve antes de dizer "oi". Se conseguisse descobrir se ficara rica ou pobre antes mesmo de começar a trabalhar.

Afinal, pensou ela, ela poderia tomar caminhos únicos e precisos, levando a vida sempre com base nos finais certos ou errados. Um final triste poderia facilmente ser remediado com uma ação posterior, ou melhor, anterior; estamos inversos, lembra?!

E ela pensava em quanto boa sua vida se tornaria, pois pensava que cada erro cometido seria visto antes de sê-lo feito, e por isso ela poderia deixar de fazê-lo, garantindo o acerto no final. E pensou que, caso se visse pobre, bastaria esperar alguns anos que o começo viria e ela poderia escolher um novo começo, que apagasse aquele final triste.

E ela se deliciava, deitada naquele sofá enorme, imaginando que poderia ter guardado sua "primeira vez" para alguém que conhecera depois, que não precisava tê-la desperdiçado com o primeiro que apareceu.

Também pensava no quanto mais teria aproveitado seus anos de juventude, do quanto menos poderia ter-se preocupado... E que tudo isso seria possível se a vida fosse ao contrário, pois ela já haveria vivido sua vida adulta quando a fase adolescente chegasse novamente. Já saberia dos erros que não poderia cometer!

Mas daí bateu a tristeza... Pois se tudo fosse ao contrário, pouco adiantaria mudar o passado: o futuro já teria sido vivido e ela nunca saberia a real conseqüência daquilo tudo. E foi difícil conter a tristeza ao viver que, de fato, a idéia de viver ao contrário não era assim tão boa...

Mas dentre toda a tristeza, de repente, ela percebeu algo inusitado, algo em que nunca tinha parado para pensar. Ela pensou que, talvez, a graça da vida estivesse mesmo em nunca termos qualquer tipo de certeza do final. Que tudo é incerteza, e no quanto engraçadas são as histórias que ela tinha para contar sobre erros e atos "sem noção" que ela havia feito. E, de repente, bateu um alívio que a vida fosse mesmo assim: começo, meio e fim.

Com um sorriso de alívio estampado na cara, ainda deu tempo de ficar em silêncio e tentar ouvir algum barulho na escada de metal que dá acesso à sala. O silêncio permaneceu, e ela apertou o play. E o vídeo tocou. ponto.


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Entre estrelas e cometas

É que eu vejo tanta gente se apagando diante do seu companheiro(a) que isso acaba me incomodando. Não é que devesse, já que a vida não é minha. Mas não consigo ajudar este meu lado pedante de querer ver sempre as pessoas sorrindo, como nestes filmes americanos. O problema, é claro, é que são filmes, não vida real...

Mas daí, cada vez mais, olho em volta e as pessoas estão se apagando. Poderia facilmente comparar pessoas com estrelas, que oscilam de forma constante e eterna. Ora estão se relacionando, e se apagando. Ora estão solteiras, e se ascendem.

E não entendo qual é a parte da idéia difícil de entender quando pensamos que, por muitas vezes (se não sempre), o que nos conquista na outra pessoa é justamente o seu brilho, e não seu estado apagado. Nosso encanto nunca estará relacionado à capacidade de alguém de deixar seu amor-próprio de lado, não é?! Encherá - mesmo - nossos olhos ver uma pessoa alegre, saudável, auto-suficiente, que tenha energia própria!

Nesta semana, uma grande amiga comentou comigo que as mulheres (principalmente) têm de fato esta "mania" de se apagar diante de um relacionamento. Que pena. Em geral, o que vejo são as pessoas querendo voltar a brilhar depois de um tempo, e notando o quanto estão arrependidas do apagão.

Seria então o caso de sermos planetas, e não estrelas. Mas planetas não são poéticos, nem tampouco românticos, não é mesmo?! E, vai ver, o romantismo é importante - apesar de estar em baixa por estes dias. Que pena novamente. Não podemos ser estrelas porque apagaremos, mas nem planetas porque não chamaremos atenção o suficiente.

Vai ver, então, devemos parar de pensar tanto nisso tudo. E apenas viver, de acordo com os nossos sentimentos. Acender se dá vontade, apagar por estar no direito. A única coisa é que daí seremos cometas, que passam velozes para cá e para lá, mas nunca param exatamente num ponto. Ah... mas, vai ver, é a nova tendência da humanidade... cometas... ponto.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Enquanto isso, na sala da diretoria...

Já que ou chove ou venta frio nesta terra, resta-nos poucas opções de entretenimento por aquelas duas ou três horas que temos de intervalo entre uma atividade e outra (por exemplo, entre a saída da empresa e a entrada na aula de dança). Daí, magicamente apertamos um botão que nos dá acesso ao mundo todo. E pra onde vamos? Para as besteiras, lógico...

- Sou doador de sangue "assíduo", ou pelo menos tento ser. Afinal, nada mais justo do que dar um pouco do que eu tenho sobrando (em teoria), e que sei que pode ser aproveitado... Daí encontrei este mineiro, fazendo uma propaganda super positiva sobre o fato! Vale conferir...

- Recebi sugestivamente a imagem abaixo. Achei que valia a publicação.

E pela chuva de hoje, já está mais do que bom! Dias assim, pra trabalhar, são fantásticos... O difícil é convencer o corpo disso... Abraços, e ponto.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Sabe Vila Velha? Então, vai pra lá!!

Você conhece Vila Velha? Se não, devia! E se conhece mas não vai lá há muito tempo, devia voltar lá também! Porque o lugar muda com o tempo, entende?! :-) E continua bem, bem legal!

E daí, a partir de uma idéia também muito legal de uma amiga (também muito legal, mas chega dessa palavra neste parágrafo!!), a Janaina (o nome dela não tem acento, ok pessoal!?), fomos pra lá no domingo. O convite veio a calhar, já que, afinal, nada melhor do que um belo passeio ao ar livre depois de uma semaninha tenebrosa que passei com a história da gripe...

Saímos de casa "cedo" e chegamos ao parque às 11h. A idéia era simplesmente passear, estávamos sem muita pressa... Apenas uma das garotas (estávamos em 4, eu e mais três mulheres) ainda não conhecia o parque, mas mesmo pra quem já tinha ido - ao menos pra mim - foi bem legal!

Da primeira vez que fui lá (ou ali), o parque era bem aberto. As trilhas e "escaladas" eram liberadas, e - mesmo aos 12 anos - eu subi em tudo que podia lá! Agora tem um caminho de tijolos amarelos, digno do Mágico de Oz (ou era da Alice?), que deve ser religiosamente seguido - mesmo se você for ateísta! E, pelo caminho, seguimos, passando por mata, coisas estranhas, formações bacanas e dando muitas, muitas risadas...

Problema mesmo só vi um: como temos que seguir a trilha, os ângulos para fotos ficam meio limitados. De qualquer forma, as paisagens são bacanas. É claro que tem algumas formas que só fazem sentido depois de muita, muita imaginação! Maas... como tudo nesta vida, Vila Velha também possui o seu lado turisticamente forçado.

A trilha dos arenitos levou pouco mais de uma hora pra ser feita, entre fotos, risos e mais fotos que paramos para tirar. Ao final, entre um ônibus e outro, fomos parar nas furnas e na lagoa dourada.

As furnas são buracos gigantes que, segundo a guia, "formaram-se de baixo para cima, e tal, quando abre uma caverna e depois desmorona, e tal". Ela era estagiária :-)

É claro que o elevador estava quebrado, e entre desculpas esfarrapadas para isso e falta de dinheiro público, só pudemos observar o buracão de cima. Mesmo assim, dá pra ter uma noção de um lugar onde você não gostaria de cair por acidente! hehe...

Fotos tiradas, voltamos para o ônibus e nos dirigimos até a lagoa dourada. Aqui entre nós, um segredo: ela não é dourada. Alguém precisava dizer isso pra eles...

Mas, dourada ou não, ela tem lá sua magia! De fato, só o visual da lagoa já teria valido a pena do passeio. Foi um "plus" e tanto, e rendeu mais algumas fotos!

E não bastasse todas as paisagens e risadas já firmadas até então, fomos até um bosque - ainda dentro do parque - para fazer um pique-nique. Havia até um nome mais pomposo para isso, mas esqueci. Pic nic (em francês) já transmite a idéia, de qualquer jeito!

E, bem... fim! hehe... Fato é que exploramos muito pouco as coisas perto de nós. Às vezes vamos ao interior de Santa Catarina e ficamos vislumbrados com o que "fotografamos". Mas bastava andar pouco mais de 70km de casa pra dar de cara com paisagens igualmente fantásticas - se não mais! Mas, claro... a grama do vizinho continua sempre mais verde, certo?!

Então ficamos assim! De repente, valeu bem mais a pena ir caminhar um pouco no meio de um ar diferente do que ficar em casa vendo Faustão. Mas, claro... Esse sou eu! :-) Um abraço forte, e ponto.

Caso interesse, minhas fotos estão aqui: http://picasaweb.google.com/riqueghn

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Então, feliz dia do amigo! Certo?!

Bom... hoje é dia do amigo! E amigos, afinal, são um pedaço extremamente importante nesta vida - ao menos na minha... E não é que eu esteja em posição de dar conselhos, mas é que, certa vez, uma amiga outrora muito querida, com quem hoje não mantenho qualquer contato, me enviou um vídeo. Isso já deve fazer uns 8 anos, mas foi um vídeo que de fato me fez pensar, e mudar muito da minha visão sobre a vida.

A razão pela qual não falo mais com ela? Simples. Ela mudou, e eu devo ter mudado também. Ao menos o suficiente para que nossa amizade não fizesse mais sentido. Não importa. Ir e vir faz parte dessa vida também - aliás, arrisco dizer que as indas e vindas são exatamente a graça de viver. Não teríamos qualquer prazer em viver intensamente caso os momentos não acabassem, as pessoas não se fossem e o mundo não girasse. Mas é só porque "amanhã pode chover" que nós temos de nos forçar a curtir o sol de hoje. E é só porque a gente não conhece o amanhã que a gente deveria se preocupar mais em viver o hoje, e curtir mesmo quem está ao nosso redor... Bem, é o que eu tento fazer todo dia. Viver.

Sobre ontem eu falo amanhã. Hoje é dia de vídeo! Um abraço aos meus amigos, aos que lêem e aos que não lêem este blog - que são, de fato, a maioria. Então, por favor, aperte e play. E ponto.


sábado, 18 de julho de 2009

(In)comum

Viver... viver devia ser fácil. Bastaria um pouco de alegria, um bocado de carinho, umas três refeições no dia e alguns minutos de exercício físico. E viveríamos felizes até morrermos. Ou vá dizer que faltaria algo?

Mas daí, começam as necessidades... Descobrimos que não se pode ter muito (e nem fazer muito) se não trabalhamos - pois precisamos de dinheiro pra tudo! -, então começamos a trabalhar. Daí, descobrimos que não é possível fazer tudo o que queríamos, pois o trabalho não nos deixa tempo para aquilo. Se antes não podíamos fazer nada por falta de dinheiro, agora o problema é tempo!

Compramos então uma televisão. A televisão é legal, ela nos faz ver o mundo inteiro em menos de uma hora por dia. Não precisamos mais ir viajar, podemos sentar as nossas bundas no sofá e ficar admirando a África; quando cansamos, bastam dois botões e já estamos vendo os Estados Unidos; e - o melhor -: com mais dois botões estamos no meio da guerra de algum país!

Daí suprimos a necessidade de ver novidades. Não precisamos mais sair de casa, e ainda assim temos assunto para falar. Então vem outro problema: fica até difícil arrumar alguém pra conversar sobre tanta coisa que você "sabe"!! Claro, não é que você tenha presenciado qualquer uma delas. Mas você viu - de fato - todas! E ninguém viu também, então temos dinheiro e tempo para termos amigos, mas não temos assunto pra falar com eles...

Recorremos então para o conforto dos programas populares. Novelas, big brothers e afins, programas que, apesar de não nos acrescentar muito, nos distraem e nos fazem ter assunto para participar daquelas rodas de amigos no trabalho. E ufa, estamos salvos... Agora, já podemos nos interar com o pessoal do trabalho, e sair com eles também no fim de semana...

É claro que, dentro deste ciclo confortável, nos esquecemos de todos os nossos princípios de antes. Trocamos sonhos de conhecer o mundo por uma televisão de 42'', e as aventuras de fim de semana por discussões calorosas sobre o paredão do big brother ou a morte do Michael Jackson. Mas, afinal... todos os nossos vizinhos, amigos, parentes e colegas de trabalho fazem isso, todos são assim... Por que seríamos nós diferentes?

- Aliás, tem um vizinho meu que é meio doido. Todo fim de semana ele está pra lá e pra cá aprontando alguma, não pára quieto aquele menino... Não sei o que tem na cabeça, mas sei que na cueca deve ter pulga pra ser tão agitado assim! Eita guri que vive...

ponto.

Sábado à noite, em casa!

Esta é provavelmente a última vez que falo da gripe, exceto pela vez em que escreverei para registrar o esperado resultado dos exames sobre ter sido a tal gripe suína, H1N1 ou seja lá que nome tem. Isso, pois é... os resultados que deveriam sair em 7 dias ainda não saíram - e, ao que tudo indica, vão demorar!! Mas vamos pra frente, que a gripe já era...

Aliás, já era não. Há uma tosse me incomodando ainda. É claro, fora tolice minha pensar que em 7 dias eu estaria curado. Em 7 dias eu estava livre de ser um "fator de risco" para a sociedade, mas a cura havia de demorar mais. E cá estou, me sentindo ainda levemente enfraquecido pelos últimos 10 dias.

Por conta disso, ainda não voltei a treinar. Segunda-feira será este "grande dia", e eu continuo ansioso por ele. Mas, bem... como vocês podem ver, existe vida após a gripe! Confesso que, naqueles dias, não parecia :-)

E agora estou em casa. Eu, que reclamei tanto da gripe, fiz questão de ficar em casa hoje. Por quê? Bem... como eu falei, ainda não estou 100%. E coisas como tosse e coriza só incomodam mesmo quando incomodaremos alguém com elas. Isso se fez exemplo no cinema de ontem, e também na empresa na sexta (quando voltei a trabalhar).

Por isso, um pouquinho de repouso acabou vindo a calhar... Amanhã, porém, irei passear um pouco. Visitar um lugar que não visito há tempos, tirar algumas fotos, rever amigos, fazer outros, participar de um pique-nique à luz do dia e respirar o bom e velho ar puro. Afinal, nem só de poluição e concreto vive um homem, certo?! Abraços, e ponto!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Acabou!!!!!!!!!!!!

Acabou! Estou livre. Posso pisar pra fora de casa novamente sem imaginar que os vigilantes sanitários estarão de olho na minha pessoa! Entre tosses e espirros, salvaram-se todos. E eu agora estou de volta!!

É claro que uma gripe como a que passou não é exatamente da noite pro dia que some. Segundo o pessoal da vigilância, pelos sintomas que eu tive é possível mesmo que tenha sido a gripe suína. Mas, como tudo nessa vida, ela passou e e eu fiquei!

Resultados do exame? Esqueça... Existem pessoas que estão desde junho esperando o retorno. A ironia fica, é claro, por conta disso: se o exame demora 7 dias pra sair (na melhor das hipóteses), e o remédio deve ser tomado com no máximo 48 horas após o início dos sintomas, pra quê mesmo que fazem este exame? E, como se não bastasse... por quê mesmo existe este remédio?

De qualquer forma, o mundo continua bem parecido com o que era semana passada. O combustível continua caro, eu continuo faltando à ginástica labora e as contas continuaram vindo pelo correio. E, claro... eu continuo com o nariz escorrendo!

Agradeço imensamente a todos que, de alguma forma, mandaram um sinal de apoio. E aos que não mandaram também - pois a distância também nos ajuda a entender melhor as "amizades" rs... Eu sei que parece meio tolo, falando de fora... porque foram apenas 7 dias, afinal. Mas bem... quando vocês "estiverem lá", de certo entenderão... Eu achei que ia tirar de letra quando começou... doce ilusão...

Mas agora, pelo menos, meu nariz escorre do lado de fora de casa! Eu vejo pessoas, respiro o ar sujo do centro, ouço 6 timbres diferentes de telefones... ufa! Vida de volta! E que a próxima demore para vir!!! Abraços, e-ponto.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tácabando!!!!!

Está acabando! Está acabando! Estou no km 41, e já consigo ver a linha de chegada lá na frente. Tem uma banda tocando Olhos Coloridos lá, e a garota tem uma voz fantástica. Já começo a sorrir. Olha a foto! E os aplausos dos vizinhos que, sem conseguir escutar a TV (devido ao barulho), resolveram se aproximar e incentivar os atletas amadores que estão completando mais este desafio. Já esqueço da máscara. Já esqueço do vírus. Só o que sei é da inquietação.

Não agüento mais. Amanhã vou correr 100km sem parar, pra tirar todo o atraso e conseguir dormir bem novamente. Aliás, vou correr 100, pedalar 300 e escalar umas 30 vias. E não vou parar na metade. Se pensar em parar, vou me fazer lembrar de todo o perrengue que eu passei.

Saúde é mesmo pra ser aproveitada. Os textos da última semana estão aqui para me lembrar disso!! Não agüento mais... ponto.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Novo recorde: 2,08 metros por hora (em média!)

Nos últimos 4 dias, bati meu recorde pessoal de consumo de papel higiênico: superei os 2 metros por hora só com o nariz. E - muito importante ressaltar - o detalhe: mais de 80% de aproveitamento. É claro... a gente não pode usar todo o papel que coloca na mão, de outra forma seria mais fácil assoar o nariz na própria ao invés de usar o papel.

- Dei-me conta disso há pouco, quando fui buscar um novo rolo - atividade de hábito diário - e não haviam mais. Foi então que comecei a fazer as contas e vi que havia batido o recorde.

Na realidade, não tenho certeza se há realmente uma marca registrada de consumo real. Seria muito fácil burlar este tipo de registro, desenrolando mais papel do que o necessário, por exemplo, ou usando 3 quadradinhos só pra tirar uma meleca do nariz que ficou presa pra fora. Mas sei que fui honesto comigo mesmo, e este número é fiel à minha realidade!

Agradeço a todos que me ajudaram a conseguir esta marca. Um abraço especial a esta gripe esdrúxula que já está me fazendo criar realidades paralelas na minha vida. Sem ela eu ainda seria aquela pessoa normal que costumava ser!! ponto.

domingo, 12 de julho de 2009

Susto, foi só um susto!

"Mãe, pai, não to bem!" foi o que eu disse hoje pros meus pais quando acordei. Eram pouco mais de 7h, e meus pais ainda dormiam. Eu estava quase desmaiando de dor no estômago, e recorri aos culpados pela minha existência (hehe) antes que desmaiasse de fato, quieto, no quarto, sem ninguém ver. De prontidão fomos ao hospital (novamente o São Vicente, novamente piadas fora de hora e espera interminável por atendimento), onde identificamos que seria uma gastrite causada pelo Tylenol em jejum que eu tomei nos últimos dias, uma vez que tomava o remédio às 6h.

Ufa, problema resolvido. Belo jeito de começar um domingo, hã?! Então, já que o começo já não foi fácil, resolvi registrar algumas satisfações que a gripe tem me dado - indiferente de ser suína ou não...

- Lembra do AB Toner? Aquele que tonifica seus músculos enquanto você faz tarefas do dia-a-dia como assistir TV, lavar a louça ou ler um livro? 38o.C de febre é muito melhor. Eu fiquei uma semana parado, e nunca estive tão sarado. Bastou pegar uma febrinha, meu corpo inteiro tremia e, no final da semana, já estou sem febre e com meus músculos torneados! Serviu pro abdômem, pernas, peitoral, costas, tudo! Muito eficiente! O problema é que o botão on/off vem quebrado; só desliga quando acaba a energia...

- Esta gripe caiu pra mim como uma parede cai na frente de um carro a 100km/h. Eu parei de repente. Isso justifica minha falta de sono e ansiedade excessiva. Peço desculpas aos que são vítimas de tal ansiedade. Vai passar :-)

- Um remédio me causou a gastrite. Cortaram o remédio. Receitaram-me mais dois. Qual será a próxima doença da lista?

É isso por hoje. Acho que sobreviverei!

A melhor frase que escutei ontem foi de uma parceira do vôo e grande amiga, e aqui fica registrada:
- Quarentena? Sério? Sifu! heheheheh

Maravilha... só palavras de ânimo, como sempre! hehe... Abraços, e ponto.

sábado, 11 de julho de 2009

Terceira e longa noite

A noite de hoje foi, talvez, a pior noite que já passei na minha vida. Estou me sentindo como Lucy Westenra (do Dracula), que de dia estava muito bem mas, à noite, vinha o Dracula e roubava o seu sangue. O Dracula está para Lucy como eu estou para esta gripe - ou seja lá o que for. Ela vem à noite e rouba todo meu progresso.

Hoje, porém, acordei sem febre. Isso mesmo. Medi três vezes pra ter certeza da medição abaixo de 36 que estava dando. Estou feliz! E vou tentar descrever bem detalhadamente o que passei, para que quem ler possa entender, e para que eu possa relembrar se eu sobreviver a isso (haha) :-)

Importante: se ninguém tiver paciência pra ler, tudo bem. O registro vai servir pra mim do mesmo jeito... Mas, nestes casos, vou deixar registrado aqui algo meio piegas, mas dane-se os que julgam! hehe.. Ontem continuei recebendo muita força de muita gente, e acho mesmo que essa coisa de "Patch Adams" (de que pacientes que dão risada saram mais rápido) tem algum fundamento... Ontem dei algumas boas risadas com e-mails e telefonemas, e sem dúvida me injetaram uma energia muito, muito boa! Mas vamos ao que "interessa" (pra quem??)...

Eram 23h30 quando fui dormir. Tomei adiantado o Tylenol da meia-noite e me deitei, com 38o.C de febre. Meus pais ficaram preocupados com esta febre que não passa - como se eu já não estivesse. E lá fiquei, tentando procurar uma posição que ficasse boa...

Vira pra cá, vira pra lá, ajeita o braço, encolhe as pernas, estica as pernas... e abri os olhos novamente. Era 1h. Meu estômago roncava, e eu estava encolhido na cama. Passei uns 3 minutos tentando decidir entre a fome e a minha cama, e optei por saciar a fome. Enrolei-me nas cobertas, feito estes peruanos que andam de cobertor pelas ruas (como a gente vê na televisão hehe), e fui até a cozinha. Comi um pedaço de torta, escovei novamente os dentes e voltei para minha cama.

Quando deitei, porém, notei que havia perdido completamente o sono. Eram quase 1h20 e eu estava lá, de olhão arregalado e barriga pra cima. Na falta do que fazer, botei a minha criatividade (que é enorme) em prática!

A primeira coisa que fiz foi medir a febre. Já virou passatempo. Quando dá uma brecha, lá vou eu pegar o termômetro. Ajuda a manter os pés no chão quando eu acho que estou melhorando... Mas o pior é que, desta vez, o resultado não era negativo! Deu 37o.C. Isso mesmo, havia baixado 1o.C. Muito legal! Eu já estava até deixando de sentir frio. Acho mesmo que após 3 dias com 38o.C no corpo, você nem lembra mais que sua temperatura normal é bem abaixo disso!

Bom, com aquela alegria incontrolável, deitei novamente a cabeça no travesseiro... Olhei em volta. Minto, fingi que olhei em volta. Eu sou míope. Imagine um míope num breu. Eu não conseguia enxergar nem meu corpo, quem dirá algo em volta!!

Mas vi uma luzinha piscando. Meu celular. Meu mísero, gameless celular. Fui lá procurar algo pra passar meu tempo nele...

O desgraçado tem dois jogos - laaazarento de chatos. Um se chama Bubble Breaker, e outro Paciência (isso mesmo, o jogo de Windows preferido das secretárias dos anos 90, que todo mundo jogava no 386).

O Bubble Breaker foi a primeira vítima; ele é fácil. Tem um monte de bolinhas coloridas na tela. Se duas ou mais da mesma cor estão lado-a-lado, você aperta nelas, elas explodem e você ganha pontos. Parece ridículo? Beleza, então me expressei bem!! Enfim... Joguei este até bater meu record. Isso aconteceu na segunda partida. Daí perdeu a graça e fui pro Paciência...

Aqui já passava de 1h27.

Paciência, aliás, não devia se chamar assim. Devia se chamar "enraiveça". Eu quase mandei meu celular passar a noite na chuva ontem! Apertei "novo jogo" e fui, todo feliz, colocar meus dotes em prática. Empilhando as cartas, descobrindo novas, desenhando estratégias de conquista nunca vistas antes, "este é melhor que vá aqui", "você espera um pouco que agora é a vez desta pilha", enfim, jogadas de deixar qualquer secretária com muita inveja!! Fora a velocidade de jogo! Nem bem eu arrastava uma carta para outra pilha e já estava lá na "original", clicando para virar a próxima carta. Eu estava muito bem treinado, parecia que fazia aquilo há anos!!

Mas qual não foi minha surpresa ao ficar sem saída no jogo. E não foi uma, nem duas, mas três, três vezes consecutivas. Não havia saída, o jogo estava trancado e nada se podia fazer. Ou seja... Não importa o quão rápido você nade; não há qualquer garantia de que haverá uma praia no final das contas. Puto da cara, resolvi abandonar meu celular antes que eu fizesse alguma coisa de ruim pra ele.

(Aqui o relógio já marcava 1h33.)

Quando o deixei no chão, porém, percebi que ele iluminava muito bem o teto. Mesmo sem óculos eu conseguia enxergar o teto do meu quarto!! Aqui, provavelmente, foi o ponto mais "alto" do meu estado atual ("doente"). Peguei meu celular, apontei ele pro teto e fiquei fazendo voltas com ele, no sentindo anti-horário, e vendo a luz lá no teto. Fiz umas 7 voltas até perceber que o que eu fazia era doente demais pra que eu continuasse. Aí parei.

(1h36 +-.)

Ainda sobre meu celular (pensa numa coisa que me distraiu!!), ele tem uma luz verde que pisca de tempos em tempos pra dizer que está com sinal. Veja que interessante (uh!). Olhando pro teto, num ponto acima de mim, percebi que a luz estava quase no final do meu campo de visão (na parte de baixo). Porém, quando eu olhava direto para a luz (não olhe pra luz! não olhe pra luz! ?), a luz sumia. E quando eu colocava o óculos, a luz estava lá.

Neste perdi bem uns 5 minutos, mudando o ângulo com o qual eu olhava pro ponto onde estava a luz e tentando ver se eu a enxergaria.

Por fim, cansei de tentar me distrair e tentei forçar o sono. Deu certo...

A próxima vez que acordei foi às 3h30, encharcado. Parecia mesmo que a chuva lá de fora tinha caído em mim, de balde. Calmamente levantei e troquei meus lençóis e fronha. Voltei a dormir.

E, às 8h30, acordei quase me afogando novamente. Mas, desta vez, não troquei o lençol: levantei. E medi a febre, pra não perder o costume. Abaixo de 36. Ah, sim, eu já disse isso. Mas é que nem filme, sabe?! O filme começa um pouco antes do desfecho, daí ele volta do começo, repete a parte do início e termina. Aqui é igual. Entendeu? Então, sim, agora vem o fim (finalmente!!).

Fim.

...

Daí, só pra não perder o costume, a frase de hoje fica por conta de um cliente, que até agora tento entender se me apoiava ou tirava sarro de mim!
- Ah, mas a gripe suína nem é o problema, esta sara. O problema é o espírito de porco que fica!!

hehe... Abraços, e ponto.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Home alone

O segundo dia de isolamento está caminhando. Preciso deixar aqui registrada a minha imensa gratidão pelo carinho, preocupação e piadas (haha) de meus amigos e parentes, que me ligaram, mandaram mensagens no celular, e-mails, scraps no orkut, ou mesmo que deixaram comentários aqui. E mesmo aqueles que não fizeram nada disso, mas se preocuparam. Ao mesmo tempo que fico triste por deixá-los preocupados, me sinto imensamente mais forte por saber que vocês o ficaram de bom grado, e não por obrigação. Obrigado, mesmo.

Acho mesmo que o fato de estar isolado é muito pior do que o fato de estar doente. O isolamento nos deixa impotente, sem forças. Não podemos fazer nada, não podemos encontrar ninguém, falar com ninguém... É terrível. Não é pelo corpo. O corpo agüenta (acho). Mas a cabeça precisa mesmo de uma força pra se manter "estável"...

Esta noite fui dormir às 20h30, depois da exaustiva rotina de hospital, e acordei às 9h30. É claro que acordei inúmeras vezes durante a noite, dentre elas:
- 2 vezes para tomar remédio
- 1 vez para substituir o cobertor pelo lençol, pois estava literalmente encharcado debaixo da coberta
- 1 vez para voltar o cobertor, pois estava com frio
- umas 10 vezes para ir no banheiro, beber água e assoar o nariz

Quando a cama ficou encharcada, é claro também que fiquei cerca de 1 hora tentando dormir, no espaço pequeno que sobrara seco (no canto da cama). Também, minha cabeça não parava um minuto, e isso me atrapalhou muito pra dormir. Fora as dores de cabeça e pelo resto do corpo, que me mantinham inquieto. Pela primeira vez em 10 anos, senti falta de uma televisão, pra ligar às 2h da madrugada e me distrair um pouco...

Hoje acordei com a febre dando uma trégua. Medi há pouco e ela não passava dos 37, muito melhor do que os mais de 38 de ontem. O apetite já voltou, e já quase consigo diferenciar se está calor ou frio lá fora! Muito legal!!

Continuo no isolamento, claro. Hoje é o segundo dia. Estou trabalhando de casa, o que me ajuda a manter a mente ocupada. E entre agrados maternos e solicitações de clientes, vou caminhando para o que tende a ser o fim de semana mais monótono dos últimos anos.

E, pra não perder o costume, registro aqui a máxima do dia, dita por um grande amigo:
- Cara, que massa!! Ainda não tinha conhecido ninguém com gripe suína!!!!

Vale lembrar: eu só sou um caso suspeito. Entenderam? É só suspeita! Abraços, ponto.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

"Gripe Suína é status!"

Minha mãe acabou de soltar esta máxima, no carro, e resolvi escrevê-la aqui. E o pior é que há de haver uma razão para isso. Veja só: nem bem coloquei o pé para fora do hospital e todos, todos, me olhavam. Isso sem falar nos que questionavam minha mãe sobre o que eu tinha, depois de me ver de máscara e enquanto eu cumpria o isolamento e fazua exames de infectologia lá dentro do hospital. E, seis horas depois, sai do hospital com os mesmos quase 39 graus de febre de quando entrei, e com a ordem direta: sete dias em "quarentena!" (Entendeu? Quarentena de 7 dias).

Daí, resolvi escrever aqui minhas impressões, sintomas e pensamentos. É imprescindível lembrar que o exposto aqui vem de uma pessoa que NADA tem a ver com a área biológica e, por isso, não passa da descrição de uma experiência.

Estive na Argentina, Paraguai e Foz do Iguaçu no último fim de semana - para correr a meia maratona, você pode ver o relato aí no texto anterior. Apesar da chuva, voltei sem qualquer tipo de sintoma de gripe, febre ou coisas do tipo. É claro que a preocupação ficava, mas mantive o otimismo ao pensar que nada teria acontecido.

Na terça-feira à noite, quando fui dormir, suei muito frio. Estava com uma febre leve que me impediu de dormir, e na quarta-feira fui direto ao hospital São Vicente, de manhã cedo. Estava com 37o.C, e os enfermeiros deram uma risadinha da caminha cara quando eu disse que estava preocupado que fosse a "gripe do porco".

Fui embora com a receita de Tylenol, que não só não ajudou em nada como permitiu que a minha febre batesse os 38.6oC no fim do dia. É mole? Eu estava que não me agüentava e, caso não acordasse bem, iria ao médico na quinta-feira (hoje). Acordei com a mesma febre, e às 11h30 chegávamos ao hospital (São Vicente novamente, afinal era uma re-consulta).

Após 30 minutos de espera e a triagem, fui atendido. O médico mediu a febre, perguntou sobre a tosse, e às 12h +- estávamos indo para o Raio X ver como estavam os pulmões - o receio era por uma pneumonia. Fiquei 2 - isso mesmo, 2 horas esperando para que fosse chamado no raio x. Estava com fome (pois não havia almoçado) e puto da cara - com o perdão da palavra - porque é impossível uma fila de Raio X, exame que não demora nem 30 segudos, demorar 2 horas. E eu passando mal...

No hospital todos já me olhavam curiosos, por conta da máscara, mas ao sair na rua eu me senti o Michael Jackson - antes de ser branco, claro. Depois de ser branco não havia quem pudesse atrair mais atenções do que ele (que fique claro, é uma analogia, não uma tiração de sarro).

Minha mãe estava um pouco constrangida, mas mesmo assim almoçamos numa casa de pão de queijo e voltamos ao hospital. Fui atendido de prontidão (finalmente!!) e me encaminharam para uma salinha no fundo do corredor, isolada, sem nada pra fazer. Fiquei 1 hora esperando ali, até que um simpático médico veio coletar as amostras do meu catarro. Pensa num aspirador a vácuo entrando lá no seu nariz! Pensou? É, é horrível mesmo!!

Engraçado foi que a sala foi a mesma sala que eu fui atendido quando me queimei com as tochas de uma festa de Halloween. A lembrança me distraiu por cerca de 2 minutos. No resto do tempo mantive meu desespero de hiperativo, já habitual por estes dias...

Depois de toda essa odisséia, às 16h30, vim pra casa. E agora estou isolado, por 7 dias, por ordens médicas. Legal? Não sei o quanto... Mas, de qualquer forma, passo aqui minhas impressões, sensações e informações que estou tendo sobre a gripe - lembrando que ainda sou só suspeito!

- Não há que se criar pânico; é uma gripe, como outra qualquer. Mas ela pode evoluir para uma pneumonia, então vale a ida ao médico.
- Não adianta ir ao hospital quando a febre ainda não está no auge. Eles vão rir da sua cara! :-)
- Não vá ao São Vicente. Eles até te atendem muito bem, mas a espera é impossível.
- A infecção só ocorre (em teoria) na fase em que a gente está tossindo um monte. Ou seja, em teoria, não há preocupação com que eu vi nos últimos dias.

E por último... Não acho que vá acontecer, mas resolvi fazer um drama. Se eu morrer com essa birosca, por favor, me cremem. Peguem então as cinzas e dividam em duas partes iguais. A primeira parte, joguem na rampa da Cordilheira. Isso dispensa explicações. A segunda parte, joguem com muito gosto no Chorizo do argentino desgraçado que me passou essa birosca - caso ela seja confirmada! : -)

No mais, o exame demora 7 dias pra dar um resultado. Até lá, mesmo estando de quarentena, ficarei na dúvida sobre a realidade dos fatos. E ausente do blog, para evitar contaminação dos poucos leitores que possuo! rs..

Um abraço, e ponto.

domingo, 5 de julho de 2009

21km rasos, rumo às cataratas

Eram exatamente 6 horas da manhã de hoje, domingo, dia 5, quando meu despertador tocou. Aliás, tocaram mesmo 5 despertadores: dois do Claudio (ele é japonês) e um de cada outro dos quatro que habitavam o apartamento do nosso amigo Aimar neste fim de semana. E lá fomos nós, lentamente, como ursos saindo da hibernação, nos movimentando. O dia da prova chegara.


O grande problema de acordar foi devido ao exaustivo "dia anterior" que tivemos. Passamos literalmente o dia inteiro no Paraguai atrás de produtos para compra. Insano ou não, foi o que ocorreu. Com base nisso, deixo já um conselho: se você for correr 21km no domingo, não vá às compras no Sábado! hehe :o) Apesar de que só aumentou o desafio...

Desafio que, aliás, foi percorrido debaixo de chuva. O braço para fora logo no início da manhã serviu para "medir a febre", e, com um dia chuvoso e ainda escuro, saímos de casa rumo ao hotel Mabu, onde a largada da terceira edição da Meia Maratona das Cataratas aconteceria. Não sei quanto aos outros, mas eu estava bem ansioso...

Abrindo parênteses aqui... Ao ver o pessoal da Comunidade de Corredores de Rua de Curitiba todo molhado, sugestivamente me veio à cabeça a música Yellow Submarine dos Beatles. Cantei ela no quilômetro 4 e 5 hehe : -)

Falando em comunidade, infelizmente não corri com a camiseta; fiquei preocupado com o frio e, já que só possuo a regata, corri com outra que possuía mangas. Mas, ainda assim, reconheci alguns amigos, como o Lucio e a Diliane - esta que mal e mal esperava ver lá!

Também foi legal ver o Sérgio, grande amigo aqui de Curitiba, de cuja família toda gosto muito também. Nos encontramos na outra meia-maratona que fiz (até hoje só fiz 2), que foi a da PUC em 2006. Muito legal revê-lo, nos encontramos já na largada e tivemos uma boa conversa até ouvir a "buzina"!!

Mas foi com o Lucio e a Dili que comecei a correr; começamos num papo super animado, que fez o primeiro quilômetro voar e o segundo terminar antes que pudesse sentir. Aí o tênis do Lucio desamarrou, a Dili baixou um pouco o ritmo, e do quarto quilômetro em diante segui sozinho. Até então, havia feito um ritmo de 5:50min/km. Daqui pra frente, apertei o passo e mantive 5min/km.

Os primeiros 9 km passaram muito rápido. Na realidade, toda a prova passou muito rápido. O km9 é a entrada do Parquue Nacional, e foi muito fácil chegar até lá. Parecia que eu estava começando a corrida ali - e, de fato, estava! Haviam-nos dito que até o km9 era uma "montanha russa", mas depois ficava mais plano. A realidade, como sempre, se mostrou bem diferente do que nos haviam dito, e a prova continuou num sobe-desce frenético!

Dentro do parque, tivemos um ponto de isotônico em copos (postos de água tivemos incontáveis, durante todo o trajeto). Bem legal, pois não desperdiçamos uma garrafa inteira. E, por falar nisso, você já experimentou isotônico pelo nariz? Se não, devia! Basta ir a uma corrida que sirva isotônico em copos; a sensação é ímpar!! : -)

No km 14, ao passar uma mulher - cuja garra já havia admirado lá de longe quando a avistei na minha frente -, ouvi ela dizer para o fotógrafo "moço, eu to morrendo aqui!". Dei um gel de carboidrato e um pouco de isotônico para ela, no melhor estilo do Rodrigo (transpirando.com) na corrida de montanha. Pouco depois de eu ter cruzado a linha de chegada, a vi cruzando também, super feliz e sorridente. Vai ver, ajudou!! Fiquei feliz - mas já estava sorrindo, não mudou nada nisso hehe...

O plano de prova era manter o ritmo até o km 10, e depois acelerar um pouco para 4:50min/km. É claro que entre plano e realidade de alguém que caminhou um dia todo antes de uma prova há uma grande diferença! No fim das contas, corri o resto da prova num ritmo em torno de 5min/km, e fechei em 1h49min cravado. Não está ótimo, mas está muito bom!

Terminei a prova rindo e sorrindo. 21km nos causa uma sensação fantástica, por exigir um pouco de esforço a mais mas não excessivamente, como uma maratona. E o visual das cataratas no final é alucinante; não há dúvidas de que voltarei a fazer a prova em todo ano em que a oportunidade surgir!

Depois de cruzada a linha, retirado o chip e pego o "kit de chegada", iniciei o caminho de volta para buscar o Marcelo - que, pelo que vi, estava cansado logo no início. Encontrei o Aimar bem no finalzinho e corri alguns metros com ele. Depois tornei a caminhar pra trás e encontrei o Claudio, com o qual também corri alguns metros. E fiquei na chuva mais uns 20 minutos aguardando o Marcelo.

Desisti e, quando cheguei para buscar as coisas no guarda-volumes, lá estava o Marcelo. Segundo ele, ele chegou na frente do Claudio. Mas o Claudio não o viu passar!! Estamos desconfiados que ele pegou carona hehehe : -)

E foi isso. Mais uma meia-maratona na vida, mais duas pernas levemente exaustas, e muitas alegrias. Correr com amigos é muito bom, e desta vez não foi diferente. Apesar da solidão durante a prova, é legal encontrá-los na chegada, comemorar juntos, comentar, falar besteira... E, claro, comer! Comer depois de uma prova longa tem um gosto muito especial. Mas, deste, não posso falar nada... É preciso que se corra, e depois se vá a algum bom lugar para um bom almoço. Como diria um livro que li há temos... "Only a runner knows the feeling." Abraços, e-ponto.

Hasta luego, meu querido celular!

Em épocas de iminência de uma pandemia, nada melhor do que visitar países cuja higiene sanitária não tem nada de caótica: afinal, ela nem existe! E foi com este espírito que, sexta-feira, dia 3, embarcamos - Claudio, Marcelo (dois colegas de corrida) e eu - no vôo da Gol com destino a Foz do Iguaçu. O ar nunca esteve tão... fresco!


O vôo foi rápido e tranqüilo, apesar das desconfianças por qualquer tosse que viesse a surgir nos nossos ouvidos, e uma hora depois desembarcávamos em Foz. O itnerário do fim de semana era simples - mas expressivo: sexta-feira, iríamos jantar na Argentina. Sábado, compras no Paraguai e, à noite, jantar de massas da prova. E, domingo, o nosso "principal objetivo": a 3a. Meia Maratona das Cataratas, uma prova muito legal cujo final é nada menos do que no Parque Nacional de Iguaçu. A expectativa era grande!

A convite do Aimar, que nos recebeu, hospedou e guiou em Foz, fomos para a Argentina comer um bom churrasco. O restaurante, cujo nome me falha à memória, tinha uma comida fantástica - mas escassa. Pedimos no total comida para 7 pessoas (somando os pratos), e em 4 saímos famintos. Como disse o Marcelo, "foi a primeira vez que saí de um restaurante com fome e ao mesmo tempo feliz". A comida era muito, muito boa!

O Duty Free Shop da Argentina é também muito legal. Não comprei nada lá, mas o ambiente é bacana e as coisas pareciam de fato originais. A passada rendeu a alguns de nós algumas roupas novas... Eu, que só tinha ido pra correr, mantive o objetivo e não comprei nada! hehe...

Ainda na Argentina, passamos num Casino. Depois de perder US$10 em menos de 3 minutos (caça níqueis são fantásticos! hehe), demos uma pequena volta por ali e voltamos ao Brasil. Essa, exatamente essa hora, foi a última na qual tenho memória de ter visto meu celular. Pois é... meu querido, alegre, contente e até bonito celular ficou para algum "hermano". Se roubaram ou se perdi, não sei. Mas não sou mais dono dele deste a última sexta-feira!

É claro que o "copo da viagem" continuou metade cheio, e no dia seguinte tocamos direto para o Paraguai. E, lá, foi a caótica alegria de sempre...

Andamos insanamente o dia inteiro naquele país gripado. E alguns fatos, de fato, nos assustaram - pois estávamos sem máscaras. Na loja da Chenson, por exemplo, todas as pessoas usavam máscaras. Motivo? Todas estavam gripadas! Bacana, muito bacana...

Como é impossível sair do Paraguai sem comprar nada, comprei coisas pequenas - como CDs graváveis, um novo barbeador, um relógio de camelô e este tipo de coisa. O Claudio comprou uma bicicleta nova, e o Marcelo comprou muitos, muitos eletrônicos.

Tudo devidamente no carro, voltamos ao Brasil ao final do dia - exaustos. As pernas haviam nos suportado por um dia todo, e ainda deveríamos correr no outro dia!! Estávamos todos preocupados, mas tudo bem... "tudo daria certo"!

No jantar de massas, a ausência de massas marcou nossa hora de permanência no local. Pouco depois, abortamos a missão de ir à festa que seguiria no sábado e fomos dormir.


E, aqui, o passeio do fim de semana tinha acabado. Quando o despertador tocasse novamente, começaria o assunto sério! E quê sério!! ponto ponto ponto.

Nota ridícula do autor: ao chegar em casa, no domingo, encontrei o desgraçado do celular na mala. Sim, na mala. Ele havia escorregado pra dentro da última camiseta - preta - que estava lá, e lá ficou escondido. Tenho certeza de que ele criou pernas e andou pra dentro do tecido, com medo que eu o usasse e gastasse muito! : -)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pilhado!!

A pilha começou a carregar! Difícil segurar os ânimos hoje... o plano é simples: 17h no aeroporto; 19h em Foz do Iguaçu; jantar na Argentina; amanhã, compras no Paraguai; domingo, 7h15, km 1 da meia maratona! Pilhado, pilhado, pilhado, ponto, ponto, ponto, ponto, ponto, ponto, ponto, ponto, ponto, ponto, ponto, ponto, p...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

E agora, José? Reclamaremos de quê?

A casa caiu. Ou melhor (melhor mesmo!!!): o Sarney caiu. É o fim de uma era de mentiras e robalheiras. Oba! ... Pensando bem... O que isso muda realmente?! Será que agora as escolas melhoram, os hospitais terão mais recursos, ou o pedágio abaixa? E... se tudo isso acontecer, você realmente sentirá diferença?! A parcela da dívida que você assumiu pra ter um carro na altura do seu círculo de amizades, ela diminui agora? O pão ou a gasolina vão baixar de preço? Seu salário vai subir? Tenho dúvidas...

Talvez por minha posição, hoje, ou talvez por simples "vontade do alheio", por vezes sou questionado sobre minha opinião na política - seja ela direta, no melhor estilo de "você votou no Lula?", ou indireta, como a política de impostos adotada no Brasil. E a resposta é sempre a mesma: uma bela ombrada como quem não sabe de nada.

Em geral, isso causa um desconserto seguido de desconfiança por parte do "entrevistador". Afinal, é um absurdo um empresário estar alienado a tudo que está acontecendo no país, não?! Descobriram dólares na cueca de não sei quem, escadas secretas na sala de não sei onde, câncer curado na mulher que faz não lembro o quê, "e você continua aí mal e mal sabendo quem é o ministro da fazenda?"

Bom... a resposta é sim! E resolvi deixar registrado isso aqui, pra futura referência. Porque... olhe em volta! Que diferença faz?! Que diferença real faz ser revoltado contra o sistema? Entendo que a preocupação é importante, mas caso resolva viver a vida informado de todas as maracutais que nosso governo faz (para poder argumentar uma discussão), perderia então completamente o foco em relação à minha vida de verdade, aonde tenho uma empresa com pessoas trabalhando e interessadas em resolver problemas menores, como criar um sistema para que nossos clientes atendam melhor os seus clientes. E, aliás, tirar nosso foco é exatamente o que o nosso país parece querer...

Pode até ser revoltante para o leitor, mas eu não estou interessado no governo. Ao invés de reclamar do que ele faz - que, de fato, mereceria até um blog :-) -, fico com a opção de aprender o novo ritmo - e continuar dominando a música. É claro que eu leio notícias. Mas não fico perdendo meu tempo discutindo elas. Um comentário ou outro, legal. Um almoço inteiro?! Só se for pra dar risada...

É fácil, muito fácil, perder o foco hoje. E mais fácil ainda é reclamar do sistema. Seu chefe é semper algo menor do que ele poderia ser; sua empresa sempre tem algo que falta; seu tênis podia ser um pentelhésimo mais confortável; podia fazer sol se está chovendo; podia esfriar se está calor; podia fazer calor no inverno e frio no verão! E podíamos ter um senado honesto. Ou podíamos deixar que todo mundo reclame disso, e buscar formas de contornar nossos problemas, de forma que eles não nos atinjam. Ah, claro... para os reclamões, isso se chama fuga! Para mim, fogem da realidade os que só sabem reclamar! Mas às vezes me questiono... Será que estou certo?! Abraços ingênuos, e ponto.