sábado, 8 de maio de 2010

Pelo vinho, e por você.

Para mim, quero pra sempre a beleza do vinho. Entendo que existam outras, mas as desdenho a cada gole, e cada vez mais. E enquanto minhas papilas degustam o gole anterior, o vinho dança delicadamente à minha frente, como quem admira o trabalho realizado e espera o próximo. E o próximo virá, e depois outro, e outro... Deveras, hei de consumi-lo sempre, ou ao menos enquanto eu dure. E não falo isso como desejo. Falo como mandamento.

Pois minha vida até perderia o sentido sem o amor, mas perderia a graça sem o vinho. Seria um desperdício, uma lástima, se eu, subitamente, deixasse de admirar a beleza encorpada de uma taça à demi, com seu perfume sedutor e seu charme inigualável. E - coloque-se em evidência - que eu jamais precise resistir a este charme, tal qual eu jamais hei de resistir ao charme de quem me encanta.

Hoje, minha boca deixou de estar seca, e meu corpo deixou de estar ansioso. Estou calmo, incrivelmente calmo. E com uma sensação gostosa, e perigosa, de satisfação, desejando não que esta dure para sempre, mas que eu possa aproveitá-la sempre que me deparar com ela. Hoje, estou descansado. Estou leve. Estou bem. Pelo vinho, e por você. ponto.

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