Voltei à minha infância! Hoje, 12 de junho de 2009, comprei um novo brinquedo: um violão de 7 cordas! E, literalmente, voltei a ser criança! Estou eufórico, encantado, extasiado e ao mesmo tempo preocupado! Será que vou conseguir? Será que vai soar bem? Será que é bom? Será? Será? Será?
Quem me conhece há um pouco mais de tempo já sabe da minha paixão pela música - que, estou certo, começou muito cedo, quando minha mãe tocava Ursinho Pimpão no violão para que nós cantássemos junto. Quando pergunto a ela, ela diz que nunca fora boa. Bom... Sorte minha que minha lembrança não pode ser mudada, pois pra mim ela era fantástica tocando!
Ainda assim, apesar da convivência precoce, demorei para colocar as mãos num instrumento. Eu devia ter 7 ou 8 anos quando comecei a fazer aulas de teclado, mas as abandonei por pura falta de interesse. Aos 14, levado pelo entusiasmo das batucadas dos nossos tantãs familiares, comprei um cavaquinho. Lembro-me bem que vendi um video-game para comprar o instrumento, e aquilo fora o máximo (era meu primeiro negócio de gente grande, afinal!).
O cavaco foi divertido e me trouxe muitas alegrias. Mas cavaquinho é um instrumento que exige muitos, muitos amigos e, por isso, não se encaixava no meu jeito por vezes excessivamente auto-suficiente. Tocar cavaquinho sozinho não dá, e nem é um instrumento completo - é meramente um acompanhante. Foi quando comecei a arriscar as primeiras notas no violão - aquele mesmo que minha mãe guardara desde outra época.
Para constar: o violão dela, que hoje uso com muito gosto, data de março de 1975. Naquela época, mesmo os violões "de linha" eram já muito bacanas...
O violão acabou me encantando por ser um instrumento completo, portanto solitário - como eu quando toco gosto de ser. Posso me fechar num canto e conversar com minhas 6 cordas, e elas respondem de forma perfeita aos meus sentimentos: ora estão suaves, ora estão nervosas, ora estão tensas, ora calmas...
Música é mesmo uma forma fantástica de se expressar, ao menos pra mim. E cheguei num ponto que, penso, faltam recursos para expressar esta bagunça. Não é que eu seja um músico ímpar, fantástico... Pelo contrário, sou apenas um entusiasta! Mas um entusiasta que resolveu, justamente, estudar música brasileira...
E música brasileira, leia-se samba, choro e alguma bossa, é uma forma totalmente diferente das conhecidas mundialmente. De opinião pessoal, ela é como eu: sempre feliz, mas quase sempre com um fundinho de tristeza...
E esta tristeza não pode ser expressada diferente na música se não com tons mais graves. Talvez, todo músico - ou projeto disso, no meu caso - chegue a esta conclusão um dia. Eu, pelo menos, cheguei ontem. E hoje comprei meu brinquedo novo!
E, daí, voltei a ser criança na música, pois ainda nem sei qual é a afinação comum da 7a. corda! É uma sensação fantástica... Estou dando pulos de êxtase por dentro e, por amanhã que irei viajar, já estou sentido saudades do Tom. Isso, resolvi dar um nome pra ele... Coisa de autista, eu sei, eu sei... :)
E é isso. Este é o Tom. É um violão básico, de estudante, para que eu possa ver se realmente me adequarei. Um instrumento novo é como qualquer relação... Olhando de fora, é sempre um sonho; olhando de dentro, há mais variáveis do que se imagina... Ao conviver por 10 minutos com ele dentro da loja, eu senti o "click" necessário (como diria um certo alguém); estou apaixonado. Resta saber se o "click" será mantido ao longo do tempo... Abraços, e-ponto.
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