sábado, 2 de janeiro de 2010

Cacetinhos, alaminutas e outras "gauchices"

Nossa viagem de fim de ano se acabou, e foi - de fato - bem sucedida. Poderia ter sido melhor, já que viemos embora no próprio dia 1o. e acabei de descobrir que deu voo no final daquele dia. Paciência. Voltei de "barriga cheia" de qualquer forma! E as lembranças ficaram...

No clube de Sapiranga, por exemplo, além da receptividade muito legal que tivemos por parte dos gaúchos, os irmãos Marta e Eduardo ficaram com certeza em nossos corações. Fora toda a cordialidade e prontidão em nos atender, viramos o ano com eles, com direito a uma ceia de deixar muito hotel no chinelo. Obra do grande Eduardo, cozinheiro de mão cheia. E foi idéia da Marta, com todo seu carisma, que era preciso mostrar a bunda para a lua se quiséssemos ter sorte no ano que iniciava. Não tenha dúvidas que eu optei pela sorte!

Também fomos para Gramado, onde apreciamos um café colonial inigualável no Hotel da Torre, um local tradicional da cidade. Aliás, fiquei em dúvida se há algo lá que não é tradicional. A cidade é fantástica, com uma arquitetura bem típica e músicas soando nas ruas. Se ignorarmos o fato de que a cidade acabou virando turística demais, fiquei impressionado. E tomamos um belo banho de chuva lá, que ainda lavou nossas almas para começarmos o ano ainda melhor!

E, pra não acabar ficando muito prolongado, muitas coisas aprendemos nesta viagem - principalmente sobre os gaúchos. Na verdade, precisávamos quase que de um dicionário para entendê-los no começo. Também pudera: eles têm cada nome...

  • Pão francês, por exemplo, é cacetinho. Isso mesmo, cacetinho. Chegamos na panificadora e havia um belo cartaz: "Experimente o cacetinho com fibras"! Po, logo cedo?!
  • Prato Feito, ou Comercial, é Alaminuta. Ou à la minuta. Por quê? Boa pergunta... Sei que, quando perguntamos por PF, a resposta foi "poxa vida... aqui na cidade vai ser difícil!".
  • No curioso cardápio da Casa do Pastel, os pratos tinham explicação embaixo. Havia lá "Macarrão quatro queijos", e embaixo as explicações (quais os queijos, etc). E daí tinha um prato chamado Violinha. A explicação? "Violinha" também. Violinha é comida? Questionamos a garçonete, e ela respondeu "Violinha é peixe!". Sem entender muito, confirmei com ela se era "peixe" ou era "um tipo de peixe". "É peixe mesmo", ela respondeu, como se "violinha" fosse um nome muito comum para peixe.
  • De volta à panificadora, havia um sonho em formato de pão francês lá na "vitrine". Isso quer dizer que havia um sonho em formato de cacetinho. Abrindo um espaço para o besteirol, isso quer dizer que sonho de gaúcho é um cacetinho com creme branco dentro?!
  • Polícia militar não é polícia militar. É brigada militar. "Mas a função é Policial Militar", afirmou o policial que nos parou!
E, fora isso, muitas coisas fizeram da viagem uma viagem que realmente valeu a pena. O ano começa daqui a dois dias, e eu começo o ano de tanque cheio! Vamos pra cima! Que 2010 seja um tesão para todos nós!! Abraços, e ponto.

4 comentários:

  1. Disse a Isis: aqui vai mais uma "gauchice": no rs qualquer subida na rua, é chamada "lomba"... é normal dizer, "sobe a lomba e pega a esquerda"...

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  2. sou gaucha de poa ala minuta e pf sao pratos diferentes ala minuta é um prato com arroz bife batata frita ovo frio e salada jah o pf varia de cardapio e de estabelecimento tem sempr um prato do dia e ao contrario do que lhe informaram é muito comum por aqui e poxa esta historia do cacetinho de novo ta ficando velha até quem nao mora no brasil sabe que no rs pao frances é catinho

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  3. a mais uma coisinha violinha é um peixe pequeno de agua doce uma raça de peixe e nao todo e qualquer peixe no sul

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  4. EXATAMENTE, A VIOLINHA É UM PEIXE ESPECÍFICO, PARENTE MUITO PRÓXIMO DO CASCUDO, POREM SEMPRE MENOR E MAIS CLARINHA. E VOCÊ DEVIA TER EXPERIMENTADO, É MUITO BOM... NADA HAVER COM GOSTO DE PEIXE...

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