quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sedução, a árvore da juventude

Um olhar, uma frase, um tom de voz, um suspiro diferente... Algo, você sabe que há algo que se destaca ali. Você não fala, ela não fala, mas está lá. A cada oi, a cada tchau, a cada simples menção que um faz ao outro, "aquilo" fica evidente... Uma sensação incerta, que você aceita, ou recusa. E corresponde, ou responde. E há quem fale que o amor é o que nos completa. Pois eu digo que a sedução é o que nos mantém vivo!

Pois se amar é uma dádiva, seduzir é uma arte. Somos vítima do amor, mas criminosos na sedução. O amor nos atinge, e nós é que atingimos com a sedução. Se amor é um porto seguro, a sedução é um campo minado por bombas de adrenalina, tristeza, solidão e incerteza.

Seduzir é uma aventura. Não é seguro, não é confiável, não é certo. É mais do que o friozinho na barriga a cada encontro, ou a lembrança carinhosa diante de um trecho de filme. Seduzir, e ser seduzido, nos causa uma sensação de força, de virilidade, de vitalidade. É gostoso sentir a sedução no ar, e principalmente enquanto ela ainda não é realmente dita. É gostoso imaginar se aquele ato foi intencional ou não, se aquela frase deveria ter soado daquele jeito. É adrenante, é selvagem, é misterioso...

É jovem! É aquela ansiedade na hora de dormir; aquele passo incerto, dado mas não correspondido; aquela eterna e sagaz dúvida. É um misto de sensações que nunca parece ter fim, e é muito melhor enquanto não tem mesmo.

Entendo muito bem os que dizem que ter um amor é bom. Mas há algo ligado à sedução que me desperta um interesse mais evidente: aquela sensação da incerteza nos causa um caos interno, e é justamente no caos que a gente evolui. Daí, se seduzir é uma arte, me coloco não só na posição de artista amador, mas principalmente de seu principal admirador. Abraços, e ponto.

Um comentário:

  1. Você é BOM, Rique.
    Você é bom.

    [Nada como sentimentos intensos e fugazes]

    Nati.

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