sábado, 29 de agosto de 2009

Abracei a "arvrinha"!

Por alguns instantes, hoje, coloquei meu lado ambientalista em prática: abracei uma araucária! E das boas!! Cerca de 12m de altura, verde, sorridente, alegre, divisora de terras... Abracei-a com gosto. Só teve um pequeno problema: eu estava voando! Ela não.

No vôo livre, costumamos dizer que há três tipos piloto: os que já arborizaram, os que vão arborizar e os mentirosos. Eu, que estava no grupo "do meio", passei ao primeiro pilotão! Com uma arborizada digna de um preá (como chamamos carinhosamente os alunos recém-formados), entrei para o mundo dos que sabem a sensação de ficar pendurado numa árvore a poucos metros do chão. E olha que tinha um pasto de cada lado!

Aconteceu que, como sempre, eu mudei a estratégia no meio do caminho. Estava já indo pro pouso, depois de um "meio cross" (leia-se: um vôo de cross crountry que não deu nem pra passar dos 10 km), e o pouso estava lá, verde, lindo, com o sol batendo ao fundo e as vaquinhas olhando curiosas. Eis que fiz uma curva para a direita, com a intenção de perder altura, e o variômetro (instrumento que mede a variação de altura) indicou ascensão!

"Opa!", pensei, "vai que dá pra subir de volta!". "Vai que dá"... Este pensamento retardado devia ser excluído da cabeça de pilotos de parapente. O vai que dá não deu, e de repente o pasto que estava sorrindo pra mim ficou atrás das árvores!

Como tinha outro pasto do "meu lado da árvore" (que, mais tarde, virou meu mesmo hehe), dei o bordo para o pouso. Mas, quando estava a poucos metros do chão, houve um desprendimento de uma pequena bolha, que me jogou uns 15m pra cima. Se continuasse a tentar pousar onde estava tentando, iria passar reto - literalmente! - e pousar nas árvores la na frente. Ou na estrada do Cerne, o que poderia causar um baita acidente!

Vi um vão entre duas árvores que dava para o pasto anterior. Resolvi tentar. Mas cometi o erro mais grave da minha vida: OLHEI PARA A ÁRVORE. Resultado? A-BRAÇA a árvore!!!!

E aí foi uma sensação super legal. Na verdade, é legal ver a árvore crescendo. Ela parece pequena, de repente, ela é maior, de repente PÁ! - você está dentro dela. Que nem nos filmes!

O Rona, Marquinho Bombeiro e Gil foram fazer o meu resgate. Pensa num resgate trabalhoso. Não pelo trabalho em si, mas porque eles tiveram que rodar pelo menos 15km pela estrada até chegar no ponto onde eu estava. Ou seja: não bastava arborizar, tinha que arborizar longe de todo mundo!!

Tiramos fotos mas estão na máquina do Marquinho. Quando pegá-las eu posto aqui, que é pra deixar registrado. Ganhei o troféu Pinheiro quando voltei ao clube do Palha, e quase um apelido novo. Isso, Pinheiro. Ou Gralha Azul também. O humor rolou solto, a cerveja foi paga, e a história veio pro blog. E, claro, pra vida. Afinal, é preciso ter histórias para se dizer que se viveu, non è vero?! Abraços, e ponto!

Um comentário:

  1. Manda as fotos amigão... Só pelo relato, a aventura já foi de tirar o chapéu!! Imagine as fotos! Um abração amigo...

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