segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A dançarina

Talvez, quando meus olhos não mais encontrarem seu sorriso, eu possa voltar a ser normal. Mas enquanto seu corpo insistir em rodear-me, com pés incertos e mãos por cima, não hei de consegui-lo. Viro pobre diante das suas pernas, seu pescoço, seu quadril... do seu cabelo, ora preso, ora solto, ou flutuando ao seu redor e escondendo seu sorriso, que logo volta, re-aparece e paralisa meus sentidos. E fica um perfume... E não consigo; meus pés se trocam, se tocam, se perdem. Não tenho controle; meu corpo é só instinto, meu cérebro silencia. Não há nada ali em cima. Meu corpo não sabe o que fazer. E você ri, sorri, com seu jeito descompromissado, e se delicia com meu jeito, perdido, totalmente perdido, diante de ti... ponto.

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