quinta-feira, 2 de julho de 2009

E agora, José? Reclamaremos de quê?

A casa caiu. Ou melhor (melhor mesmo!!!): o Sarney caiu. É o fim de uma era de mentiras e robalheiras. Oba! ... Pensando bem... O que isso muda realmente?! Será que agora as escolas melhoram, os hospitais terão mais recursos, ou o pedágio abaixa? E... se tudo isso acontecer, você realmente sentirá diferença?! A parcela da dívida que você assumiu pra ter um carro na altura do seu círculo de amizades, ela diminui agora? O pão ou a gasolina vão baixar de preço? Seu salário vai subir? Tenho dúvidas...

Talvez por minha posição, hoje, ou talvez por simples "vontade do alheio", por vezes sou questionado sobre minha opinião na política - seja ela direta, no melhor estilo de "você votou no Lula?", ou indireta, como a política de impostos adotada no Brasil. E a resposta é sempre a mesma: uma bela ombrada como quem não sabe de nada.

Em geral, isso causa um desconserto seguido de desconfiança por parte do "entrevistador". Afinal, é um absurdo um empresário estar alienado a tudo que está acontecendo no país, não?! Descobriram dólares na cueca de não sei quem, escadas secretas na sala de não sei onde, câncer curado na mulher que faz não lembro o quê, "e você continua aí mal e mal sabendo quem é o ministro da fazenda?"

Bom... a resposta é sim! E resolvi deixar registrado isso aqui, pra futura referência. Porque... olhe em volta! Que diferença faz?! Que diferença real faz ser revoltado contra o sistema? Entendo que a preocupação é importante, mas caso resolva viver a vida informado de todas as maracutais que nosso governo faz (para poder argumentar uma discussão), perderia então completamente o foco em relação à minha vida de verdade, aonde tenho uma empresa com pessoas trabalhando e interessadas em resolver problemas menores, como criar um sistema para que nossos clientes atendam melhor os seus clientes. E, aliás, tirar nosso foco é exatamente o que o nosso país parece querer...

Pode até ser revoltante para o leitor, mas eu não estou interessado no governo. Ao invés de reclamar do que ele faz - que, de fato, mereceria até um blog :-) -, fico com a opção de aprender o novo ritmo - e continuar dominando a música. É claro que eu leio notícias. Mas não fico perdendo meu tempo discutindo elas. Um comentário ou outro, legal. Um almoço inteiro?! Só se for pra dar risada...

É fácil, muito fácil, perder o foco hoje. E mais fácil ainda é reclamar do sistema. Seu chefe é semper algo menor do que ele poderia ser; sua empresa sempre tem algo que falta; seu tênis podia ser um pentelhésimo mais confortável; podia fazer sol se está chovendo; podia esfriar se está calor; podia fazer calor no inverno e frio no verão! E podíamos ter um senado honesto. Ou podíamos deixar que todo mundo reclame disso, e buscar formas de contornar nossos problemas, de forma que eles não nos atinjam. Ah, claro... para os reclamões, isso se chama fuga! Para mim, fogem da realidade os que só sabem reclamar! Mas às vezes me questiono... Será que estou certo?! Abraços ingênuos, e ponto.

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