sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

E a vida? É bonita e é bonita!

2009, para mim, foi um ano bem marcante. Deveras, todos são. Desde algum tempo atrás, quando decidi encarar todo dia como se fosse o último, minha vida se tornou muito interessante. E este ano, marcado por boas novas amizades, muito esporte e algum período de stress, posso me dizer que termina com muito gosto - aliás, gosto de quero mais!

Seria estranho eu citar tudo o que me foi marcante. Algumas coisas doeriam, outras seriam exposições sem sentido de pessoas que amo ou amei. Também, a partir do momento que tenho um blog, fazer uma retrospectiva daria tanto trabalho quanto ler todo o blog novamente. E isto pretendo fazer - é claro, mas não hoje! Hoje, quero apenas dizer o quanto foi bom...

O quanto foi bom conhecer novas pessoas em situações extremas, como o Mountain Do em Floripa, e melhor ainda foi a continuidade daquilo... Afinal, foi a partir daquelas amizades que acabei indo para Castro de bicicleta, e também para Foz correr belíssima meia maratona das cataratas (e pegar a gripe suína, afinal de contas!). Quanto gratificante foi ter feito meu primeiro 8A no paredão, agora, no finalzinho do ano, aos 45 do segundo tempo! Quanto engraçado foram certas roubadas nas quais me meti, e quantas risadas sem muita pretensão consegui dar - a maioria delas por conta dos meus amigos. Colegas de blog que ainda não conheci, mas que legal foi a parceria virtual! E no samba, que ainda sou manco mas já arrisco um ou dois passos, e já me divirto muito em meio a pessoas que se divertem com tão pouco.

Aliás, por falar em samba, foi agora, no finalzinho, que assumi um novo desafio, ao passar a empresariar uma banda talentosa por natureza chamada Zamba Groove, que surge agora no cenário samba-rock de Curitiba. Este é um desafio para 2010, mas tem o início em 2009 afinal...

De outro lado, houveram as noites sem dormir, preocupado com a crise - que, segundo nosso querido presidente, foi só uma marolinha. Marolinha sofrida esta, na qual tive de ver muitos dos meus amigos perderem seus empregos de anos e anos.

Tiveram também as amizades que não deram certo - apesar de começos calorosos. E tiveram as amizades que voltaram a dar certo, anos e anos após brigas mal resolvidas. Tiveram os namorados ciumentos, que interromperam boas amizades que nasciam. Mas tiveram as boas visitas de pessoas de longe que vieram só pra mostrar que ainda estão vivas - e como estão!

Consegui levar meu irmão e a Tainá para voar. Mas não consegui convencer a minha mãe disso... Fiquei sem carro por meses, e percebi que há um lado muito bom da cidade que nunca paramos para olhar.

Conheci Minas Gerais! E agora vou para o Rio Grande do Sul, ainda antes de acabar o ano! E tudo para voar... Aliás, cruzei a fronteira de Santa Catarina para pousar no Rio Grande do Sul. E também decolei do interior para pousar na praia. Muita alegria...

E tantas, mas tantas outras coisas, que só mesmo meu blog poderia lembrar-me de tudo. Não vou ter o trabalho, não hoje. Hoje, quero apenas desejar uma coisa - e esta coisa não é feliz 2010. Pois desejar um "bom ano" me parece tão eficiente quanto desejar "sorte na vida"...

O que quero desejar, mesmo, é que, em 2010, muitas novas aventuras surjam; muitas novas amizades se firmem, e que as antigas se renovem, se reforcem; que consigamos fazer mais rodas de violão; que muitos revezamentos surjam, para que tenhamos mais boas desculpas para fazer viagens com pessoas que gostamos; que nos enfiemos em muitas roubadas Brasil afora; e que consigamos, assim, tornar 2010 mais um ano fantástico!

Minha frase, então, não é "feliz 2010". Minha frase é:

Obrigado pelo 2009, e que consigamos repetir tudo em 2010! 

...pois isso sim representará um feliz 2010! Abraços, e ponto.

É Natal - Então feliz natal!

Deixo a retrospectiva para o ano novo! Hoje, natal, eu só tenho a dizer: Feliz Natal - ainda que nem metade dos meus amigos leiam meu blog. Mas, afinal, alguns lêem; e, também afinal, se um dia eu for cobrado dos "felizes natais" que não desejei, deixo registrada a minha prova! De certo a energia já conta! Abraços, e bom natal para nós! E ponto!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

É Natal - E eu consegui quebrar uma castanha-do-pará! Como?

O Natal estava cada vez mais perto e eu continuava na minha luta com o quebrador de castanhas. A cozinha se tornara inóspita para mim desde a vingança do quebra-nozes, mas eu prometi que não desistiria. Firmemente, dia após dia, eu lutei; meus dedos machucavam, minhas mãos tremiam, minha raiva aumentava, mas, de repente, PÁ: a desgraçada da castanha saiu inteira! E depois outra! E depois... é, não, foram só duas. Mas sim, consegui! E, dia após dia, consegui tirar pelo menos uma inteira! Foi o máximo!

E, então, hoje, véspera de Natal, resolvi compartilhar os segredos com os desafortunados (como eu) por aí. Diga-se de passagem, são muitos: vocês não fazem idéia da quantidade de pessoas que caíram no meu blog procurando por "como quebrar castanhas-do-pará". Bom... Já que eu descobri como, vamos lá!

Nota: eu ia ilustrar com fotos; daí me toquei que eu deveria realmente conseguir executar tudo na hora, o que seria difícil sob pressão. Então, vai textão mesmo!

  • Em primeiro lugar, lembre-se que a castanha, apesar de ser irregular, ela é parecida com um triângulo. Se você não lembra o que é um triângulo, consulte a wikipedia.
  • Lembre-se, também, que o que você quer está dentro da casca. Fixe isso na sua cabeça, é importante! Podemos fazer uma analogia àqueles filmes da SWAT em que eles precisam tomar poder de um banco que possui reféns: se você explodir tudo, os reféns morrem. Se você quebrar tudo, a castanha vira pó. Então, concentre-se no que você quer: você quer a casca quebrada!
  • Dito isso, vamos lá: empunhe o quebrador e a castanha, um em cada mão.
  • Posicione a castanha deitada na segunda seção do quebrador, aquela maiorzinha. A bunda da castanha (vamos chamar de bunda a base do triângulo, considerando que ele é um triângulo "alto" e a base é o lado menor) deve ficar virada para o cabo do quebrador, e posicionada na parte convergente daquela seção. Vou tentar explicar isso melhor, que ficou confuso...
    • Seu quebrador deve ser assim: dois pedaços iguais de metal, presos por uma ponta.
    • Cada pedaço faz duas "semi-luas" e acaba num cabo. Uma semi-lua menor, outra maior. Isso estou chamando de "seção". O cabo vou chamar de cabo mesmo.
    • A castanha é um triângulo (lembra?); imagine ela como um triângulo com dois lados mais altos, quase como um equilátero (vai pra Wikipedia de volta!). Então ele tem uma base. A base eu chamo de bunda.
    • Quando eu falo que a bunda tem que ficar virada pro cabo, entenda que é a bunda da castanha e o cabo do quebrador. Se você entender qualquer coisa diferente disso, não me culpe por isso!
  • A sua primeira meta é quebrar a base da castanha. Isso a deixará sem base, ou seja, seu reinado cairá por baixo. Então, aperte a base com força moderada até ouvir o primeiro crack. Sem dó, mova um pouco para o lado a castanha e crack de volta! E assim vai...
  • Quando tiver terminada a base, vem a parte mais complicada: você precisa quebrar um dos lados agora. Escolha um deles (não tente quebrar os dois ao mesmo tempo, serial fatal!) e posicione-o perpendicularmente (não lembra o que é, né?! Não tem problema, aprende aqui!) com o cabo, na seção maior ainda. E crack, agora com muita pouca força!
E pronto! Daí, é só retirá-la dos destroços da casca e comer. Você deve estar se perguntando... "e pra quê serve a seção menor do quebrador?". E eu respondo: não sei, mas se você conseguir quebrar sem ela, fique feliz!

Você também pode estar se perguntando se isso realmente funciona. O Paulo do Larica Total fala algo fantástico sobre fazer algo na cozinha: "Cozinha é treno! Trenar, trenar, trenar e trenar!". Então, vai lá "trenar", que ainda dá tempo de conseguir uma castanha inteira até o natal! Abraços, e ponto.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

É Natal - E você estava na gafieira...

Nem bem tinha eu voltado à mesa e, de repente, a música emudeceu. Os casais passaram a se mover lentamente, as vozes estavam mais graves, e apenas seu salto ecoava pelo salão. A água que me refrescava vazou pelo canto da boca pois meu corpo congelara. As luzes se apagaram, e só você brilhava. E caminhava, livremente, passo após passo. E sorria para alguns, e seu sorriso me afetava, num misto de encanto e ciúme. E, por vezes, você dançava com cara triste, preocupada, desconsolada; e eu queria perguntar o que estava havendo, mas estava longe, e meus pés estavam congelados no chão. Pus-me a te olhar, a noite toda, até que me faltassem opções e desculpas, e eu me forçasse a tirá-la para dançar. E como era leve... Sempre foi fácil, sempre foi leve, sempre foi divertido. Não sei porque, e não tenho certeza de que haja alguma razão nisso - nem hei de procurá-la. Afinal, se a ignorância traz felicidade, elevarei sempre meu grau de ignorância diante de ti, a fim de prolongar esta sensação sublime; e, se um dia não mais conseguir, que tristeza... De certo, neste dia, as estrelas se apagarão, e o samba será bossa nova... E eu sei que ainda não danço o suficiente para te divertir a noite toda. Mas saiba que, se hoje aprendo a dançar, é mesmo pra poder, um dia, te dar de volta um pouco do que você, mesmo sem querer, me força a viver. ponto. ponto. ponto.

sábado, 19 de dezembro de 2009

É Natal - Lições da semana

Várias novidades, boas e ruins, fizeram da minha última semana antes das férias uma semana bem divertida! E fizeram-me, também, aprender várias pequenas coisas, que deixo registradas para futura lembrança...

- Sair domingo, sair segunda, correr terça, jogar vôlei quarta, escalar na quinta e sair em dois eventos diferentes na sexta não é saudável para seu fim de semana. Seu corpo não aguenta.

- Considerar a possibilidade de abrir um quiosque de cachorro quente. Esperei 20 minutos, vi 18 cachorros ficarem prontos, e o meu ainda estava na fila. Veja, em 20 minutos!

- As dicas do vestibular da FAE deram certo. No fim das contas, entrar foi fácil. Daqui a 4 anos eu digo quanto difícil foi sair...

- Compre um carro novo e ganhe uma rinite! É tiro e quebra, comprou - ganhou!

- O que dizer de uma família que se encontra, ao acaso, num bar, em plena sexta-feira?! Não tirei lição nenhuma daqui, mas é justo deixar registrado que fui pro aniversário de um quase-primo (Luiz Henrique), e acabei encontrando o Daniel, a Dayane, e ainda meu irmão (que não encontrei, mas também foi no Bossa Nova Bar), foi demais! Demais bom, e demais coincidência! Se fosse combinado não teria chegado nem perto de dar certo hehe....

E chega. Vou curtir mais a rinite, que vai muito bem - obrigado! Abraços, e ponto.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

É Natal - Dicas para o vestibular da FAE!

Nem bem levantei o rosto do meu Sudoku e a garota puxou papo:
- Pra quê você está estando?
Demorei alguns segundos para processar que era comigo e, quando meu lado anti-social foi desligado (leia-se Sudoku fechado), olhei para o lado. Ela me olhava apreensiva...
- Economia!
- Uh...
- Haha... e você?
- Eng. Mecânica.
- É, então... eu já fugi de uma engenharia. Mas boa sorte!
E uma voz imperativa ressoou no hall de entrada do teatro Bom Jesus, convocando nós, "candidatos", para subir ao 7o. andar e participar do processo seletivo FAE 2010. Soou divertido pra ti? É, eu até que me diverti!

É engraçado retornar a este "mundo" depois de tantos anos. Ainda que eu esteja longe de ser velho, já são anos e anos desde a última vez em que estive em tal situação. Mas bem... eu estava, de fato, confortável. Minhas mãos não tremiam, eu não suava nem precisava ir ao banheiro toda hora, não estava precisando poupar neurônios, e a única preocupação era com o almoço, que incluíra costelinha e calabresa frita do restaurante mineiro que agora almoçamos. Mas tudo se comportou bem, e a prova foi um sucesso divertimento!

A FAE é interessante. Você agenda o vestibular, senta em frente a um computador, e responde na ordem em que você bem entender. Isso significa que você pode fazer a prova de matemática antes, depois a de conhecimentos gerais, inglês, português e, quando estiver cansado, abrir a prova de história e jogar algum joguinho infantil para escolher as respostas. Funciona como um "coffee brake", mas sem coffee: dá uma relaxada na cabeça e você continua...

Detalhe para a prova de matemática, com 9 questões que realmente demandavam contas e fórmulas decoradas. Pra minha sorte, consegui deduzir todas as fórmulas e efetuar as contas. É claro que eu não sei se deduzi alguma coisa certo, mas as respostas que eu alcançava definitivamente estavam lá no meio! hehe

E enfim... se você entrou aqui para saber dicas, e não para ler historinhas, vamos lá! Dicas, com base na minha vasta experiência de uma tarde, para um vestibular melhor na FAE (ou, ao menos, divertido):

  • Chegue cedo. Você será recepcionado de forma ímpar, sendo colocado numa sala de espera cheia de sofazinhos desconfortáveis e com uma iluminação fraca o suficiente para doer sua cabeça se você quiser ler um livro. Também poderá saber da vida alheia de muitas pessoas, já que muitas pessoas ficam falando no celular como se todos em volta estivessem mesmo interessados!
  • Converse com as pessoas do seu lado, principalmente se você está tranquilo. Você provavelmente vai falar alguma besteira, fazer papel de mané, mas e daí?! Você nunca mais vai ver aquela pessoa mesmo!
  • Leve lapiseira. Lápis 2B não é recomendado; eu escrevi minha redação inteira e não conseguia lê-la depois para passar a limpo.
  • Se levar lápis 2B, leve apontador.
  • Não leve lápis 2B; sério...
  • Não leve caneta da universidade concorrente. Levei uma caneta-brinde da Universidade Positivo e tomei exatamente cinco sustos com ela, que queria parar de funcionar "na hora H". Sim, a caneta era nova e nunca tinha falhado...
  • Escreva com letras pequenas, principalmente se você não faz vestibular há 7 anos. A folha de 20 por 20, que você ganha para usar de rascunho, não cabe todas as contas que você precisa fazer - ainda mais se precisar deduzir fórmulas. Então, escreva pequeno. Você também usará menos borracha, e será mais ecológico por isso (acho).
  • Não perca tempo olhando pra fiscal da sua prova - ainda mais se você estiver de bermuda e tênis. Ela acha que você é só mais um candidato - o que não deixa de ser verdade, é lógico. E, também, ela não deve ser tão bonita quando acorda...
  • Tenha em mente bons jogos para chutar as questões. Como eu falei acima, os jogos te ajudarão a relaxar durante a tarde... Eu não tinha, e acabei tendo que recorrer ao "vai este mesmo" em algumas questões.
  • Intercale as provas. Faça uma que você manja, e uma na qual você vai jogar. Assim, você intercala stress e divertimento, e sairá de lá com uma cara tranquila - e não acabada.
  • Durma no dia anterior. E no anterior também. Sono de duas noites atrasados atrapalha...
  • Quando for beber água, atente-se para os bebedouros: o botão de água é na frente deles, e está escrito em letras garrafais: ÁGUA MINERAL e ÁGUA FRIA. Escolha o botão, aperte, e a água sai. É simples assim, não precisa chamar a secretária pra te ajudar! Entendeu?
  • Não adianta olhar para as estudantes também. Elas também acham que você é só mais um candidato - o que ainda é verdade -, e também não devem ser tão belas quando acordam. Lembre-se: é uma faculdade particular, o que o pai delas gasta com a faculdade elas gastam com salão de beleza!
E é isso. A FAE é uma das faculdades mais respeitadas por aqui, e eu, como não poderia ser diferente, respeito muito também. Há algum tempo estive lá numa pequena conversa sobre empreendedorismo com uma turma de ADM e fiquei mesmo impressionado com o nível da turma. E, por essas e outras, me deu a vontade de juntar-me novamente ao mundo da carteirinha de estudante. Mas, é claro... tem o resultado do vestibular pela frente. Ah... se eu não estivesse com o sono atrasado, eu juro que não dormiria hoje, de tanto nervosismo hehe... Abraços, e ponto.

É Natal - SambaRockers, samba-rock de primeira em Curitiba/PR

Não é possível divertir alguém se quem o faz também não se diverte. Há uma energia diferente quando a intenção a ser transmitida é sincera... E foi com esta sinceridade e alegria contagiantes que, no último domingo, entrou no palco a SambaRockers. Nunca ouviu falar?! Pois é só uma questão de tempo... A primeira apresentação deles, no último domingo, foi digna de aplausos, pedidos de bis e muito gosto de quero mais!

E não é porque eu conhecia dois dos músicos. De fato, poucas vezes assisti ao vivo apresentação de tamanha qualidade... Seis músicos muito bons que conseguiram, de fato, transmitir a energia divertida do estilo musical. Com um cavaquinho, percussão, baixo, guitarra, voz, muita alegria e um pouco de malandragem, a banda mostrou que veio para ficar.

No vocal, como se já não bastassem as vozes excelentes que compõe o conjunto, a beleza e carisma notáveis da Patrícia completaram a banda. E ficar parado foi mesmo difícil diante de tamanha oferta de energia...

Mas o show acabou, como tudo que é bom. E é isso. Com tal domingo, a semana não podia ter começado melhor; o tempo literalmente voou durante o show, mas meu sono atrasado de domingo parece ter sido compensado pela "sobre-carga" do fim de semana. E vamos que vamos, que o samba não pode parar! Abraços, e ponto.

domingo, 13 de dezembro de 2009

É Natal - E a Corrida do SESI - São José dos Pinhais/PR foi nervosíssima!!

Poucos entendem o gosto bom que algumas coisas simples possuem. Tomar um banho de chuva, caminhar descalço na beira-mar, voar livre por horas e horas, participar de uma roda de violão de acampamento, pra citar algumas, parecem dividir águas: ou você ama, ou você odeia. E se estas coisas simples já são odiadas por muitos, o que dizer de acordar em pleno domingo às 7h da manhã, com um friozinho batendo na janela e o café ainda nem pronto, para enfrentar 10 km a pé?! No meu caso, tenho pouco a dizer: sou apaixonado por tudo isso!

E foi com este ânimo que, hoje, me juntei a tantos outros doidos, em São José dos Pinhais/PR, para a última etapa do Circuito do SESI de Corridas de Rua - e, também, para a última corrida que eu participarei neste ano...

Ainda que "pipocando" (é o simpático e inexplicável nome que recebemos quando corremos sem inscrição), gostei muito da prova. Pra começar, tinham três postos de água, dos quais não usufrui (por estar sem inscrição) mas pude constatar: km 2.5, km 5.7 e km 7.2. As ruas devidamente fechadas, o som na largada/chegada e o percurso bem sinalizado fizeram da prova a diversão esperada para muitos. Ao final, água quente e gelada, sorvete, salada de frutas e muita animação.

Como nem tudo são flores, a marcação dos quilômetros foi um ponto fraquíssimo da prova: o primeiro km estava bem longe da realidade, e o mesmo ocorreu com o km2. Aliás, creio que aconteceu com todos os quilômetros. As placas estavam algo como 400m deslocadas para frente e para trás - e 40% de erro, convenhamos, não é lá "margem de erro"! Acho que os caras mediram o percurso com os "passos" do organizador...

Apesar dos registrados10.400m (pelo GPS do pessoal), consegui um tempo muito legal para a montanha-russa que foi a prova: 48min43seg. O friozinho, apesar do sol, com certeza ajudou. Foi legal também encontrar o pessoal já conhecido... Ainda que poucos, é sempre bom encontrar pessoas como o Júnior (CRC), o Leo e o Samuel (Rocky Balboa); parece que encontrar amigos durante as provas dá um ânimo a mais na bagunça toda...

E é isso. Mais um domingo matado pela falta de carro. O dia lá fora está fantástico para voo, mas ir até o Palha para abandonar a termal aos 1600 já me soou mais divertido... Ao final do dia, hoje, tem Sambarockers no Bons Tempos Bar, a partir das 19h. E aí, como soa um samba-rock pra começar ainda melhor a semana? Pra mim soa muito bem, e lá estarei! Abraços, e ponto.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

É Natal - Mas a diretoria não está de folga...

- O espírito bem-humorado do natal parece ter pegado minha mãe de jeito. Meu cajón, que já está há meses sem encontrar um bom violão, e nem um xaponês que batuque feito crioulo (hehe), virou apoio para a árvore de natal. Ou a minha mãe estava de bom-humor, e resolveu me pregar uma peça (sem graça), ou este ano foi ruim de acampamentos do voo e minha mãe achou que aquela caixa não ia fazer diferença. É... acampar na cordilheira faz falta!

- O espírito de natal também pegou a Claro. Com promoções fantásticas e aparelhos a custo zero, estou há um mês brigando com a portabilidade para que ela funcione. Quem paga a conta? Claro, o pato que foi inventar moda! Eu mesmo.

- Amanhã tem Sarau do Projeto 7 e 8. Lembra? Falei dele quando fui numa apresentação... Então, lá na Quintessência, amanhã, com comidas e dança de salão. Se estiver engordao em casa, vai engordar lá - ainda ajuda o projeto! :- )



E daqui a pouco tem 12km de treino, só pra não perder o costume e começar o fim de semana um pouco mais bem-humorado... Abraços, e ponto.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É Natal - E... ah, é mesmo! É natal!

Índole. Cada vez mais concluo que índole é que nem bunda: pode até parecer bela no começo, mas sempre tem um buraco negro escondido... E entre bipolaridades e amigos que estão realmente necessitados (se é que você me entende), eu hoje estou triste.

Poucas coisas, na verdade, me fazem tristes. Em geral, são coisas que estão além do meu alcance; e fico triste por simplesmente não poder mudar aquilo... Sendo assim, você pode imaginar que meu perfeccionismo não contribui em nada para minha alegria. Então, talvez, isso explique um pouco do meu egoísmo crescente. Talvez, só talvez, eu tenha cansado de acreditar nas pessoas...

É que a índole é uma coisa complicada. E fico revoltado com a forma com que as pessoas conseguem ser e agir. Não entendo, deveras não entendo... Ao que me parece, Lula serviu mesmo de fonte de inspiração ao fazer o filme sobre a própria vida: o espírito egocêntrico parece ter tomado conta de muitos do meu círculo de amizades.

E custa-me acreditar que as pessoas possam mesmo pensar no mundo como algo tão pequeno, tão mesquinho, tão besta. Custa-me acreditar que adultos possam agir como adolescentes, e que tratem isso de forma normal, indiferente. É difícil, e me revolta. E me entristece.

Hoje, estou triste com as pessoas; preciso voltar a ser egoísta. O natal, hoje, não parece natal. Há, no ar, só um clima de final. ponto. ponto. ponto.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

É Natal - E que tal uma cachoeira em Tibagi?

Planos são inúteis para mim. Sempre foram, e a cada vez que faço um novo acabo concluindo essa mesma coisa. Não sirvo para estimar o que farei daqui a duas semanas, e quem dirá daqui a dois meses - isso para a vida pessoal, deixemos claro. Meu último fim de semana, por exemplo, mudou completamente do plano inicial: ao invés de ir correr a corrida de aventura em Antonina, fui para Tibagi para um curso avançado de parapente. O instrutor? Frank Brown. A previsão? Saída de frente fria. Que mais? Ora... os amigos, sempre! E fomos novamente rumo ao sol poente, numa barca formada pelo Raffa, Karine e eu...

Apesar do nome gringo, Frank Brown é um piloto bem brasileiro - nascido no Espírito Santo e filho de voador. Voa há nada menos do que 29 anos, foi campeão brasileiro nove vezes (nos últimos 12 anos) e tem vários mundiais nas costas. É uma carga realmente admirável, da qual procuramos extrair alguma coisa que pudéssemos aproveitar nas nossas "carreiras" (no meu caso, projeto de carreira, já que tenho pouco mais de 3 anos de voo).

Pessoalmente, aproveitei para tirar duas ou três dúvidas e colher uma ou duas opiniões. Algumas coisas ficaram mais firmes na minha cabeça, e outras reforçadas. Foi muito legal, valeu a pena. O que faltou, mesmo, foi ter dado voo, para que pudéssemos tentar aplicar um pouco daquilo. A teoria, de qualquer forma, é fantástica!!

O dia de ontem amanhecera feio e sem muita pretensão de grandes voos, mas o de hoje estava bem mais alegre. Céu azul, formações, tudo certo para que o dia rendesse pelo menos alguns quilometrozinhos de cross. O vento caudal, porém, atrapalhou completamente nossas decolagens, e fomos obrigados a dobrar os equipamentos na própria rampa...

E daí, eis que o Julinho vem com a idéia: e que tal uma cachoeira?! Com aquele calor, a idéia não soou mal e, após alguns minutos, estávamos no carro rumo à saída da cidade. Fomos parar num simpático e naturalmente belo lugar chamado Recanto Marins.

Com uma entrada simbólica de R$2, o recanto oferece alguns quiosques com mesa e churrasqueira, um barzinho com alguma comidinha, água limpa e corrente para tomar banho e um silêncio alimentado pelas plaquinhas de "proibido som alto" por todo o local. Ou seja, faz jus ao slogan: "Lugar de sombra e água fresca".

Encontramos o pessoal já na cachoeira e não tardamos a entrar na água (gelada). E como foi bom... Cachoeiras são, de fato, fontes fantásticas de energia. Seja pela física, ou mesmo pela psicologia da coisa toda, poucos minutos na cachoeira parecem renovar todo o "conteúdo" que temos. Arrisco dizer que, tal como toda ilha tem sua magia, toda cachoeira tem sua energia, que parece ser transmitida com total gosto e desprendimento a quem entra abaixo dela.

Depois de algum tempo, já com energias renovadas e boas risadas dadas, chegou a hora de partir. E foi-se mais um fim de semana... Tibagi é, com certeza, um dos melhores locais que temos ao redor de Curitiba para turismo de aventura. Rafting, cachoeiras, voo livre, escalada, caminhada, cavalgada, não há limite para as opções de lazer no local! E, afinal, não há nada melhor do que um bom fim de semana ao lado da natureza para começar a semana com o pé direito. Certo?! Abraços, e ponto.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

É Natal - E que tal aprender a sambar?

Sentei-me e me pus a admirá-los. Entre risos, sorrisos e broncas (recheadas de carinho), era a primeira vez que o casal experimentava o som do tamborim reproduzido pelos próprios pés. Tropeçavam. Se trombavam inclusive. E continuavam...

E havia uma beleza diferente ali. Não haviam cobranças, irritações ou brigas bobas. Ambos riam de si mesmos, e se conheciam um pouco mais a cada passo que davam, ora pra frente, ora pra trás, e ora para o lado enquanto o outro ainda ia para frente. Não era fácil, mas eles não desistiam.  E riam. E, por rir, mal sabiam eles que já estavam mais do que no clima da dança. De fato, eles dançavam, porque se divertiam. E logo logo se divertirão, porque dançam. ponto.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

É Natal - A vingança do quebra-nozes

Além do onipresente clima natalino (neve, frio, etc etc), ao menos aqui na minha terra (ou, particularmente, na minha família) as castanhas do pará são algo tradicionalíssimo. Nozes também. E não há natal sem que elas estejam em cima da mesa, rodeando algum tipo de quebrador esbelto que será responsável pela mágica de tirar aquela "casquinha rígida" da dita cuja e transformá-la num fruto gostoso e, afinal, mastigável. E foi aí que meus problemas começaram...

Minha casa conta agora com 1kg de castanhas do pará, super suculentas, simplesmente esperando sua hora de sair da casca. Algo como pintinhos querendo sair do ovo (se descontarmos o fato de que as castanhas não piam). E aqueles pintinhos que jamais virarão omeletes se ajeitam animadamente dentro de um simpático baldinho branco sem tampa. Ao lado do pote, o nosso clássico quebrador de castanhas. Literalmente quebrador.

Quebrar castanhas é, na verdade, tudo o que eu consegui até agora com ele. A cada 3 castanhas, consigo comer meio pedaço inteiro. O resto é virado em farelo. E já estava entrando em desespero quando estabeleci uma meta: até o natal, vou conseguir comer uma castanha inteira! Preciso saber, afinal, qual é o gosto disso! Talvez por eu ser homem, preciso caçar a minha comida, preciso arrancá-la de dentro de onde quer que ela esteja e trazê-la à tona, e me deliciar com a vitória! Há de fazer bem pro ego!!

Pelo que me lembre, a última vez que consegui a façanha foi quando eu estava na 5a. série e usávamos um martelo, apoiando a castanha numa madeirinha, para quebrá-las. Na 5a. série não havia instrumento especial pra isso. Na 5a. série eu era tão feliz...

Bom, de qualquer forma, meta estabelecida, já comecei a treinar. Mas antes fosse o único problema o fato de eu comer farelo... A cada castanha, sinto minhas pontas dos dedos gritarem (feito os pintinhos que piavam no ovo). É que a casca da dita é dura demais, e cheia de pontas, e o quebrador - ineficiente - quebra apenas metade. Se continuar a apertar a castanha ali, lascou: ela esfarela. Se apertar menos, lascou: seu dedo vai machucar. Em resumo, eu só me lasco! Vou chamar o quebrador de lascador! Parece mais coerente!!

Isso sem falar na palma da mão. Até ela vai pro saco quando, ao tentar quebrar uma castanha, ela (a palma) fica presa no espaço para botar a fruta. Aí você toma aquele beliscão, fica com raiva, aperta até o final, e sua castanha virou um farelo de volta. É quase um ciclo vicioso!!

E é por isso que tenho uma nova meta para este ano: até o natal, uma castanha inteira sairá das minhas mãos, quer o quebrador funcione ou não! Caso isso não aconteça, só de sacanagem vou tentar gostar de nozes. Elas parece causar menos transtornos aos meu dedos... ponto. ponto. ponto.

Enquanto isso, na terra do papai noel...

Dezembro finalmente chegou! A neve já começa a dar seus sinais, as pessoas já andam com roupas de pele (sintéticas, peles sintéticas) e botas até o joelho, o sal começa a ser jogado pela prefeitura na rua... Ahh, todo ano é a mesma coisa, mas que coisa legal! Quando todos estes sinais começam a dar o sinal de vida, eu já sei: é Natal! Oba!

E daí, como é Natal, por quê não falar um pouco dele?

Sugestivamente, hoje vai uma carta (pra dar tempo de chegar). Provavelmente todo mundo já a leu, maaas... vai que a publicamos em vários lugares e o Google indexa melhor? Se aparecer na primeira página do Google, é possível até o Papai Noel leia!! Ou você acha que o bom velhinho ainda usa o correio?

Abre aspas...

"Querido Papai Noel,

Neste ano, você levou meu cantor e dançarino preferido (Michael Jackson), meu ator preferido (Patrick Swayze) e minha atriz preferida (Farrah Fawcett).

Queria, então, lembrá-lo, que meu político preferido é o Lula, e minha candidata favorita é a Dilma Rousseff (com dois S's e dois F's), ok?!

NÃO ESQUECE!"

Abraços, ho ho ho e ponto. :-)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Conheça a GHN Soluções Inteligentes

Depois de passar algum tempo com nosso site sendo reformulado, hoje ele foi finalmente lançado. Confira em http://www.ghnsolucoes.com.br/!


sábado, 28 de novembro de 2009

Bagdad Café: garantia de boas risadas!

Apesar de o ano ainda ter algumas semanas pela frente, o fato de alguns dos profissionais da GHN estarem saindo de férias fez com que adiantássemos a festa de encerramento de 2009. E, afinal, que festa pode ser melhor do que num local onde todos choram de rir, se divertem, e ainda aprendem um novo ritmo de dança?! Neste ano, o encerramento foi no Bagdad Café, em Curitiba/PR: a única "balada" (que conheço) que reúne tudo isso e muito mais!

Em 2007, primeiro ano oficial da empresa, também havíamos feito lá. Na época, com menos colaboradores e até alguns fornecedores e parceiros convidados, nos sentimos um pouco acanhados e nos contentamos em observar. O Anderson, porém, dissera (já em 2007): "cara, na próxima vez eu vou dançar lá!".

E desta vez, com um pouco mais de pessoas, alguns de nós se encheram de coragem (Bohemia, Original e outras marcas de coragem que não conheço) e aceitaram todos os convites pra dançar das meninas. Aliás, a promessa do Anderson foi a primeira a ser cumprida: no Dabke que abre a noite, lá estava o nosso garoto de mãos dadas com o pessoal aprendendo o tal do pisa, pisa, recolhe, chuta, pisa! E a diversão começara...

Tenho pra mim que o Bagdad é um local fantástico pela energia que ele possui. A cultura ali representada exerce uma magia sobre as pessoas; o ritmo embala de uma forma inigualável, e não há preconceitos em relação a homens e mulheres: todos dançam com todos, e com o objetivo de pura e simplesmente se divertir.

Mais para frente, as meninas começam a nos tirar para dançar também, e a noite vira uma espécie de "se vira nos 30"! hehe... No meu caso, tive que me virar em muitos 30 - para meu desespero, naturalmente. A Regina, dona da Dance Sempre (onde faço aulas de samba), me reconheceu e me tirou por primeiro. E depois tirou o pessoal da mesa. Depois, a Angelica foi quem me reconheceu, e fez o mesmo! E já tínhamos nos divertido à beça com tudo aquilo, quando as outras meninas também passaram a nos tirar. Foi muito divertido, seria impossível não dar tanta risada....


E assim foi-se mais uma confraternização. O Bagdad, sem dúvida, está eleito entre as únicas "baladas" que valem o sacrifício de se sair na quinta-feira (já que trabalhar na sexta-feira não é opção, é obrigação! rs). E se você nunca foi lá, não sei o que está esperando!! Abraços, e ponto.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

E o vôlei continua divertido, mas continua uma falcatrua!

Se o nosso vôlei das quartas-feiras fosse uma partida de futebol, seria a clássica pelada: metade sem camisa, cerveja na hidratação, pacote de salgadinho para repor as energias e muita, mas muita bola pra fora! Mas, afinal de contas... tem alguém aí preocupado?! Porque lá, definitivamente, não!

Com um céu fenomenalmente feio, digno de um temporal, o pessoal do voo se dirigiu novamente à quadra de volei de areia, na Arthur Bernardes, para algumas partidas clássicas do esporte que, de fácil, tem pouco. Apesar de eu sempre ter tido preconceitos em relação ao vôlei, resolvi abandoná-los pelo simples prazer de dar boas risadas com os amigos. À exceção de alguns de nós, a maioria nunca tinha sequer conhecido outro tipo de Manchete que não a da TV. E é aí que está a graça, afinal!

Saí do escritório a pé, rumo à praça do japão, para pegar a sete de setembro e acabar na Arthur Bernardes. Já no caminho, alguns fatos me fizeram rir. Como um negão que passou cantando num inglês tenebroso algum jingle romântico. Foi algo fascinante olhar as feições do indivíduo se contorcendo, como se ele estivesse cantando com o coração. É, talvez fosse isso... Ele estava falando com algum órgão vital dele, no idioma que o órgão de certo entenderia!!

Mas passou, e a caminhada continuou... Passei pelo Radisson e vi um palco exagerado com trocentas árvores de natal "empilhadas" sobre ele, como que para fazer algum enfeito chique e bonito. Espero que ainda o estivessem montando, porque a coisa ali estava feia...

E a sete de setembro já ficara para trás quando encontrei um grande companheiro de voo, o Marcelo Mineiro. Ele estava de bicicleta, e parou para trocarmos meia dúzia de palavras. Convidei-o ao vôlei, e ele confirmou que iria. E segui a caminhada...

Por fim, antes do vôlei, encontrei meu pai caminhando praça àcima. E qual não foi minha alegria ao vê-lo passar novamente, depois, correndo praça abaixo! Bem bacana, esta é talvez uma das melhores sensações que tenho... Ver meu pai correndo...

O vôlei suicida, hoje composto por Ronnie, Dorta, Dalton, Tumati, Leandro, Dayane e Mineiro, fora eu, nunca esteve tão suicida. Eram bolas voando para todos os lados, mas custavam a bater no chão dentro da linha. Custavam, na verdade, a bater no chão dentro da areia! Parecia que um ímã as atraía para fora do gradio da quadra! Incrível!!

Mas, depois de um tempo, com todos aquecidos, o cenário mudava! Na verdade, como a maioria de nós realmente não nasceu praquilo, o jogo equilibra: nós erramos e eles marcam pontos; eles erram e nós marcamos pontos. E por aí vai!

Jogar assim até tem suas vantagens. Pense que chato, por exemplo, quando só um time faz pontos seguidos: o time não gira, quem está na rede fica na rede e quem está no fundo fica no fundo. Com esta nossa forma, o time gira o tempo todo. Muito bacana!

E é isso. Pra fechar a quarta-feira, um sambinha que, aos poucos, parece tomar mais forma através da minha pessoa... Eita ritmozinho complicado de se dançar!! E vamos que vamos... amanhã é dia de festa. A GHN Soluções e GHN Design farão seus encerramentos no Bagdad Café. Mas, sobre isso, depois eu conto! :- ) Abraços, e ponto.

PS: Fotos meramente ilustrativas! Nosso jogo, na realidade, só tem homem. Mas quem quer ver fotos de homem, certo?! :-)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Enquanto isso, na sala da diretoria...

- A coisa fica cada vez mais divertida ao reduzir drasticamente o uso do carro. E quando eu falo que não é preciso ir muito longe pra ver coisas absurdas, eu tiro até foto pra provar! Esta é da esquina de casa... E tá achando que foi "erro"? Tem outra igual, na frente do estabelecimento...



- A maratona ontem foi uma festa. Para variar, me machuquei nos treinos e corri apenas os 10k. Foi quase como correr a prova infantil, enquanto os adultos corriam os 42k hehe... Mas valeu a festa, a bagunça e os 50min de corrida. Entre os amigos que encontrei, Gustavo e Vanessa (do Mountain Do), Ronnie (do voo), Alysson (com quem comecei a correr estas corridas de rua), Kiko (dos CRCs), a Mayara (do revezamento das nascentes) e alguns outros fizeram da corrida uma "coisa" ainda melhor! E, pra terminar, minha prima Kety ainda esperava seus conhecidos na linha de chegada! Muito, muito divertida a festa toda! A corrida quase que ficou de coadjuvante!

- E hoje é segunda-feira. a.

sábado, 21 de novembro de 2009

O melhor dia é sempre o próximo!

Esta semana foi conturbada. Atolada, na verdade, mas sem qualquer relação à música do Bola de Fogo. Meu estado físico de sexta-feira estava deplorável; meu corpo inteiro me mandou ir trabalhar de carro, voltar cedo pra casa e sossegar. E assim o fiz, em mais um ato anti-social de faltar a compromissos com pessoas que prezo. E, só pra deixar registrado, alguns acontecimentos da semana...

- Segunda-feira foi segunda-feira.

- Terça-feira, aproveitando o sol e a pré-disposição uma boa dose de perda de tempo, saí de casa de mochila pronta. Tênis, relógio, roupas dry-fit e um pacote de bolacha compuseram o "kit corrida", e lá fui eu. Ao final do dia, intimei uma amiga para passear no Barigui; troquei de roupa no escritório e corri até lá! Mas chegando lá encontrei outra amiga, que treinava para a maratona... Acompanhei-a por quase 3km até encontrar a amiga com quem tinha marcado; caminhei com esta, e depois que a caminhada acabou voltei a correr mais uns km com a outra. Daí, aproveitei a carona pra voltar pra casa... E pareceu mesmo por querer: por uma fresta de 10cm, que tinha deixado para ventilar o carro, um passarinho ninja conseguiu cagar no meu braço. Ninja por quê? Ué... o vidro abre na vertical, não era teto solar! E mesmo assim ele acertou...

- Quarta-feira teve vôlei açacino e çem noção! Contagiado pelos calorosos convites do pessoal do voo, e por consequencia de eu estar a pé voltando para casa mesmo, desviei o caminho para a Arthur Bernardes e fui partilhar de momentos engraçadíssimos com grandes pessoas. Se já é difícil segurar o riso, mais difícil ainda é segurar a bola no ar por mais de quatro toques. Mas a diversão, de certo, é garantida!

- Quinta-feira foi dia de escalada, e de ventos de 130km/h em Porto Alegre. É claro que a massaroca chegou aqui, ainda que mais fraca, e enquanto estávamos no ginásio escalando a chuva pegou de jeito a cidade. O espetáculo foi fantástico, mas fantástico mesmo foi o estrago (que vi depois). E eu, de bicicleta, com a chuva a todo vapor na minha cabeça, me senti de fato muito mais vivo do que o pessoal que me olhava torto pelo caminho: todos se empurravam para se manter dentro debaixo das marquises; o trânsito estava um caos; haviam carros parados nas ruas por conta dos rios que formaram; metade da cidade estava sem luz; tudo um caco. E eu ali, com minha opção ecológica, passando reto de tudo isso. Mas foi triste, de fato, ver três carros amassados por árvore e poste caídos aqui na minha própria rua. No sul há de ter sido muito pior...

- E sexta-feira ouvi no rádio que quita-feira fora o dia mais quente do ano em Curitiba: registramos a máxima de 33,6o.C!!! Daí eu tenho que concordar com os cariocas... Curitiba é uma fria mesmo!

E chega de falar. Esta semana foi daquelas típicas que cada dia é uma surpresa nova - e no estilo de "presente de grego", diga-se de passagem. Mas vá lá... Vá dizer que teria graça de outra forma?! Abraços, e ponto.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Pausa para propaganda: GHN Design Interativo

Resolvi dar uma pequena pausa nos textos cotidianos para apresentar o site da GHN Design Interativo, minha nova empresa (em sociedade com uma amiga) na área de design, web design e comunicação. Mas, afinal... se temos um site, pra quê falar? Certo? Então, fica o convite:

GHN Design Interativo
http://www.ghndesign.com.br/

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cicloturista em Curitiba: será?

Cocô de pato no parque Tingui :-)
Acordei no domingo e tudo dava voltas. A persiana do meu quarto estava completamente fechada, o que me fez dormir demasiadamente e acordar parecendo que havia bebido todas na noite anterior - ou, pelo menos, com a sensação que eu penso que os outros fiquem quando isso acontece. Dotado, então, do consequente mau humor, recusei todos os convites e tracei um objetivo diferente: peguei a bike, empunhei a câmera e fui ser cicloturista na minha própria cidade!

Na realidade, ainda em Ivaí, o Julinho havia contado uma história sobre ter pedalado com caldo de cana no camelbak. Aquilo despertou um destes desejos de grávidas, que temos de tempos em tempos, e no domingo saí com a missão inicial de tomar um caldo gelado - num parque longe. Saiamos da zona de conforto, afinal de contas!

Parque Tingui
O destino foi o parque Tingui, palco do Circuito Hidra de Corridas Noturnas. 13 quilômetros e dois quase atropelamentos depois, estava eu lá. Comprei um caldo maior e, com o squeeze já pela metade, misturei a água restante com o caldo que sobrara. Quase fui atropelado novamente, e saí sem rumo pela rua...

Parque Tingui
Tenho, na verdade, uma mania levemente retardada quando estou a pé ou de bicicleta... Fato é que de carro é fácil nos perdermos, mas difícil nos acharmos. Isso não ocorre a pé ou de bike; se se perdeu muito, você dá a volta! E outra... se se perdeu, ótimo! Está conhecendo novos lugares, então aproveita e tira foto! Daí, seguindo esta mania, resolvi pegar uma rua que definitivamente não faz parte do meu dia a dia. O resultado foi ótimo!

Dei de cara com uma placa escrita "Ópera de Arame" e "Parque Tanguá", e uma setona pra frente. Fui em frente e mudei o ritmo da minha pedalada... Com um humor melhor, e disposto a testar minha recém-comprada câmera digital dessas "de bolso", resolvi fazer um dia de cicloturista, e ver até onde eu conseguiria ir. Peguei o rumo do Parque Tanguá, e lá fui.

Parque Tanguá
Chegando lá, a primeira decepção. Depois de dar algumas voltas por ruas esquisitas, cheguei na entrada do parque - que não permite acesso de bicicleta, somente a pé. Daí, convenhamos... domingo à tarde não é exatamente um bom dia para andar a pé pelos parques, certo?! Tirei a foto clássica da entrada, guardei a câmera e fui para o próximo!

O destino foi definido pelas placas... Achei legal esta parte! Curitiba é bem sinalizada para os turistas perdidos: na saída de cada parque há placas para os próximos pontos turísticos. E eu, turista perdido, segui esta idéia. Fui parar na Unilivre.

Universidade Livre do Meio Ambiente (UNILIVRE)
A Universidade Livre do Meio Ambiente é um projeto curitibano muito doido, que virou mais atração turística do que universidade propriamente dita! De qualquer forma, o passeio sempre vale. E eu fui!

Alguns "vales" e ladeiras depois, dignos aliás de um trecho de downhill urbano, cheguei! E qual foi a surpresa??? É claro! Ciclistas barrados, só a pé! Tirei foto da entrada. E toquei o barco. A idéia, afinal, era ser cicloturista! Carroturista eu já sou sempre!!

E quando saí da Unilivre não tinha mais placa nenhuma... Peguei um rumo qualquer e segui; saí numa rua, me perdi e encontrei uma placa dizendo "Centro". Eu, como turista, voltaria para o centro da cidade. Foi o que fiz. E aí funcionou!

Mas ainda era cedo, o pedal nem tinha dado 30km ainda e eu queria mais. E tive! No caminho, vi uma placa indicando o Parque Barigui e Santa Felicidade! Fiz a curva e pra lá fui!

Portal de Santa Felicidade
A Manoel Ribas e o portal de Santa, por si só, já formam uma paisagem bacana de se ter na cidade. Apesar do trânsito intenso que eventualmente toma conta do local, é um dos poucos pontos em que você realmente respira um ar diferente ao passar...

E, por ali, enfiei-me nas trilhas ao final do parque Barigui, minha última parada. Aqui teve um ponto de tensão... Muita gente saindo do meio do mato, onde em teoria não se teria nada... Apenas homens, jovens e velhos... Não gostei, não me senti à vontade, e tratei de sair logo daquele trecho... Sem muita coragem também para tirar a câmera e fotografar algo (e também sem muito ângulo, já que passei pelo "outro lado" do parque), saí na BR 277 e toquei para casa.

O chafariz da Arthur Bernardes, que já é paisagem clássica para meus esportes, foi a última visão - mas passou despercebido e também não ganhou foto. E pronto. Foi-se meu dia, com míseros 37km pedalados mas muita diversão!

A conclusão para um cicloturista em Curitiba é a óbvia: deixa a bike em casa e pega a Linha Turismo. Curitiba é muito bem organizada em relação a isso, e o ônibus com abertura em cima não deixa em nada a desejar... Em todos os lugares por onde passei, havia um ônibus da linha também. Sem exceções! Pedalar é legal, mas definitivamente faz um turista ver pouco do que realmente poderia... Abraços, e ponto.

domingo, 15 de novembro de 2009

Voa porque tem "robada", ou tem "robada" porque voa?

Robada (sic): para a comunidade do vôo, robada é qualquer lugar difícil de sair, difícil de pousar, difícil de ficar, quente demais, frio demais, molhado demais, sujo demais, com árvores demais, com mato demais, com bichos demais, com cercas demais, difícil de achar, deserto demais ou longe demais. Pode ainda ser agravado por falta de água, falta de comida, falta de ânimo ou vários pilotos passando voando por cima de você, enquanto você guarda seu equipamento sem a menor noção de como sairá dali!

Aconteceu neste fim de semana, na pequena e pacata cidade de Ivaí/PR, a 5ª etapa do Campeonato Paranaense de Parapente de 2009. E nós, animados com a previsão de chuva e sem a mínima pretensão de bons vôos, fomos prestigiar o evento e encontrar os amigos. Sexta-feira, às 18h, estávamos na estrada eu, a Glau e a Luvas, rumo ao sol poente!

O caminho revelou um céu tão belo para fotos quanto terrível para os que voam, com um CB enorme alaranjado pelo pôr-do-sol. Admiramos aquela cena por alguns instantes, até que o sol se pôs de vez. E ainda não eram 22h quando chegamos na cidade!

Com o "local de dormir" devidamente localizado, fomos encontrar um restaurante. Perguntamos a um rapaz na rua que, atencioso, nos deu uma notícia um tanto quanto quadrada: "ué, mas Ivaí não tem restaurante! Só tem lanchonete por aqui...". O minuto de silêncio estava firmado quando ele teve uma luz, e nos informou de uma pizzaria na entrada da cidade. Já que pizza é bom até quando é ruim, nem hesitamos: foi lá mesmo!

Na Pizzaria MP, cuja impressão transmitida é que era de um casal jovem e esforçado, encontramos os grandes, digo, nem tão grandes mas muito estimados amigos do oeste, o Schmia e o Deonir. Comentei com este, que havia chegado já cedo e feito um pequeno voo de reconhecimento, o que eu pensava sobre o local: "Ivaí é um robadinha", eu disse. Ele riu, e complementou "uma robadinha é uma robada mais ajeitadinha, é isso?!". E pedimos a pizza...

Pouco tempo depois, Marquinho Bombeiro,  Eloi e Edu Bombeiro juntaram-se à trupe que chegara na cidade "no dia antes", e nos deliciamos com as pizzas gigantes (e boas!) do local. Por opção, ou pela falta de, o local está recomendado!

Cancelamos a missão "dormir no barracão" e fomos para o Hotel Brizzola, um local também ajeitado onde consegue-se um quarto por R$20 com banheiro coletivo, ou R$25 com banheiro privado. Fomos muito bem recebidos lá também, e o café simples na manhã seguinte (café, leite, pão e "coisas de passar no pão") não deixou nada a desejar.

E daí, check-in do evento e fomos para a rampa. O vento de cauda não foi dos mais animadores, mas a organização impecável da federação paranaense tornou o evento mesmo assim legal ao fazer um belo check-in, prover um transporte eficiente para os pilotos, e ainda ao colocar espetinho e água gelada na rampa - fora a tenda de circo, armada para nos fazer sombra. E ainda, finalmente, ganhei uma camiseta desse tal CPP 2009! :- )

Com o passar do dia, o público foi chegando à rampa. Motoqueiros, "ciclistas", gente de carro e gente a pé compuseram os "cuméques" da rampa, com olhos admirados e arregalados, e espantados com "a coragem desse povo que pula daqui!". E a energia deles foi tão boa que o vento virou. E alinhou. E a prova saiu. E a gente decolou!

E daí pousou. Alguns mais rápido, outros menos. O meu voo demorou 12 minutos, mas foi divertido apesar dos pesares. Em Ivaí, os vales formam um relevo extremamente técnico e traiçoeiro, mas também muito bacana. Há muitas opções de "escoragem" (para subir e/ou para se machucar), e voar com certo grau de consciência no local é importante! Não tenho certeza de que o local seja apropriado para alunos ou gente com muito pouca experiência (não é que eu tenha muita, mas enfim)...

À medida que se voa para dentro do vale, ou mais para perto das "paredes" dele, fica muito nítida as diferenças de vento. Também, o pouso é longe e dificilmente se chega nele, e ainda há árvores por todo o caminho - que, por sinal, não é plano, é encosta. Ou seja, quem não chega no pouso oficial tem grandes chances de arborizar, ou varar o pouso e arborizar lá embaixo, ou se machucar ao ser surpreendido por algum dos ventos que o vale pode formar. Mas graças à habilidade dos presentes, porém, ninguém se machucou nem arborizou!!

No mesmo local onde pousei, pousaram outros 7 pilotos. E fomos todos para a beira da estrada, onde fomos resgatados e poucos minutos depois encontrávamos todos os outros pilotos. O Tumati, presidente da FVLP, sugeriu ao motorista que parássemos num bar para tomar uma gelada (uma água gelada, no meu caso) antes de irmos embora. E lá fomos, felizes, alegres e contentes...

E todos fizeram a alegria do dono do mercadinho. Entre cervejas, refrigerantes, bolachas baratas e salgadinhos vencidos, o sorriso voltava a estampar a cara suada daquele bando fedido de pilotos pregolentos. :- )

"Então vamos?" "Vamos!" E todos entramos no ônibus... Mas, de repente, algo estava errado. O Pudim mostrou algum ferro quebrado e disse "olha aqui, galera, se ferremo! haha". Demorei pra entender, até que tudo ficou claro: o câmbio do ônibus tinha quebrado! Estávamos no meio de um nada, onde haviam poucas casas (e um mercadinho simpático, mas sem vergonha), longe de tudo e de todos, nossos equipamentos já tinham voltado pra cidade, e estávamos sem transporte. ROBADA!!

Mas eis que o milagre aconteceu. Algum desses filósofos disse que sorte é quando acontece algo para o qual você está preparado para reagir. Neste caso, então, tive a impressão de que todos os pilotos ali nasceram em noite de lua cheia, e com a bunda virada pra ela. Pois foi muita sorte!

Pense que, ao lado do mercadinho, tinha uma oficina de tratores - que possui um equipamento de solda industrial. Agora pense, também, que um de nossos pilotos, que aliás é o Pudim, mexe com ferro e aço há 500 anos - e, portanto, é um exímio soldador! E pense, por último, que as câmeras estavam todas com pilha para fotografar toda essa birosca!! O evento foi histórico. O ônibus quebrar no meio do nada, mas um nada que possui uma solda industrial, e um dos passageiros ser um soldador de primeira... foi pra virar crente e rezar pra agradecer!!

O único problema foi que a solda não alcançava o local: tínhamos que mover o ônibus cerca de 20m para trás, na subida. Problema simples, se você pensar que haviam mais de 20 pilotos lá dentro. Nem tão simples se pensar que metade ficou fazendo gracinha pra foto, alguns ficavam fazendo gracinha pra nós mesmos - e alguém ainda tinha que fotografar!!! Mas deu tudo certo... Empurramos o bicho e correu tudo bem!

Umas duas horas depois, admirando as paisagens fantásticas que os vales de Ivaí possuem, estávamos de volta ao centro de eventos da cidade. Um CB novamente fenomenal se aproximava, e optamos por vir embora no próprio sábado, abandonando a etapa...

Algo que sempre fica marcado, ao menos para mim, é o quanto "vivemos" ao fazer as coisas. Mesmo com um tempo medonho, uma previsão ainda pior e uma cidade bem pouco turística, o "dia e meio" em meio aos amigos foi suficiente para lavar completamente o tédio e a preguiça. Chegamos novos em Curitiba, ainda às 22h30 de sábado, e cada um foi para a sua casa. E ainda tínhamos domingo para curtir!

Se eu gostei do lugar? Certamente - mas só para voo. A cidade em si oferece poucos atrativos para eventuais namoradas, esposas ou - pior - filhos que queiram acompanhar... Ainda assim, Ivaí tem um potencial fantástico de voo (na minha opinião), inclusive para triangulações de quilômetros a fio. O relevo e as paisagens do local estão mesmo entre as mais belas que já vi. Mas é preciso que o clima ajude, e muito... Neste fim de semana, a viagem foi apenas boa para darmos boas risadas - e viver boas robadas. E aí é que vem a pergunta: a gente voa porque tem robada, ou tem robada porque a gente voa? Abraços, e ponto!

As fotos são da minha primeira ida à Ivaí, e as do ônibus tiradas pela Glau; as outras fotos da etapa aparecerão em breve nos Picasas do pessoal que levou máquina, como o do Ronnie.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ah, a endorfina!

Não faço parte de nenhuma comunidade no orkut que diga "viciados em endorfina". O motivo é simples: elas não discutem nada! Afinal, o que há de se discutir de uma substância produzida por nosso corpo em reflexo de coisas já boas por natureza (citando três principais: chocolate, sexo e exercício físico, não necessariamente nesta ordem!)?! Nada! Não há nada para se dizer, nem para explicar. A endorfina é para quem a conhece, e para quem sabe admirá-la! E ah, como é boa!

Com o pequeno impasse do meu carro, e caminhando diariamente modestos 4 km do meu escritório até a minha casa, já volto a sentir a sensação boa que ela causa. Hoje, por exemplo, mesmo com chuva, cheguei da caminhada, coloquei um tênis confortável, uma regata, e saí para uma corrida curta. E como foi boa!

O fato é que, quando se pratica algum esporte, não se pode parar. A desgraçada da substância vicia mesmo, e não há chocolate que salve. Sexo ajuda (opa, e como! :-) ), mas não substitui o "sofrimento" de se pedalar na chuva, correr sob sol forte ou se quebrar ao tentar escalar uma via de 8o. grau.

E quando se fica longe dos esportes, é como se sempre, sempre, faltasse algo. Tudo começa a incomodar. Seu corpo deforma, sua preguiça aumenta, você não dorme direito, sua cabeça não pára... Caos, um caos total!

Mas basta 30 minutos de corrida e... pronto! Qualquer coisa que você fizer depois disso, até antes da hora de ir dormir, terá um peso menor. É como se toda noite eu tivesse um compromisso, e toda noite que eu faço algum exercício eu o cumprisse.

Não há mesmo explicação. E nem como convencer ninguém. Já tentei. Não funciona. Endorfina é para os que a experimentam. O primeiro livro em inglês que li me marcou muito, pois dizia (durante todo o livro) uma frase muito real: "runners run no matter what". Verdade. Chova ou faça sol, sofra ou se divirta, nossos tênis não podem durar mais de 4 meses. Se isso ocorre, acredite: algo esteve muito errado! Abraço suado, e ponto.

Veja como eu não minto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Endorfina :-)

domingo, 8 de novembro de 2009

Como conversar com "não-pilotos": Guia de bolso

Para os que não voam, este texto provavelmente terá pouca graça. Porém, se você voa, invista 5 minutos do seu tempo em prol do seu bom humor. Dá pra rolar de rir, principalmente por retratar a mais pura realidade vivida por nós nas nossas viagens!

O texto é de autoria de Tom Payne, e foi originalmente publicado na revista BHPA's Skywings. Hoje foi colocado no Paragliding Forum, e le voilà para todos nós!

Abre aspas...

Alien as it may seem, there are some people in the world who don't fly paragliders or even hang gliders. You probably don't meet them at weekends, unless you're lucky enough to be picked up by a Retrieve Bunny or have the misfortune of being accosted by an Irate Landowner. However, you may stumble
across them during the hazy gaps between landing and takeoff and in rare cases you may be required to interact with them. This handy guide will help you identify and understand their behaviour. Don't worry, most of them are harmless! Those that present a danger to your flying career are clearly marked.



THE SPORTS COLLECTOR

Fresh back from his adventure holiday in New Zealand, the Sports Collector has already ticked off abseiling, bungy jumping, and zorbing and is looking for the next trophy photo of him doing an "extreme" sport.

DON'T SAY: how to get qualified. He's has zero interest in becoming a pilot and just wants to be able to brag to his mates that he's "done" paragliding.

DO SAY: how "extreme" it is, who to call for a tandem flight, and how "taster days" make great days out for him and his friends. You'll help your local school and with luck one of his mates might get hooked.


THE LONG-SUFFERING SPOUSE

Married to a real Pilot, or at least sharing some children in common, the Long Suffering Spouse can't remember the glider being present at the wedding but it is certainly the third leg of the relationship now. However, she is still grudgingly rather keen on the pilot (or at least his salary) and tolerates his
"hobby" as a necessity for his continued presence both in the marital bed and as a father to her children.

DON'T SAY: anything about flying. 98.3% of the conversations she has eventually mention paragliding, and even though she knows the jargon and asks the right questions about your flight, her interest is feigned and only out of politeness.

DO SAY: ask about the kids' school, East Enders and gardening. Your interest in these subjects may be no less superficial than hers in flying but at least you'll be the one occupying the high ground.


THE I-COULD-NEVER-DO-THAT

I-could-never-do-that is utterly in awe of what you do and will gush and gasp about how amazing it must be "up there" while equally forcefully asserting that his lack of courage, time, money or other commitments means that he would never be able to actually do it himself.

DON'T SAY: how it's easy it is or how you flying brings perspective to other aspects of your life. This person considers their ground-based existence and over-inflated sense of self preservation to be the defining characteristics of their self-image and you must avoid anything that challenges that, for example by implying that the cost and effort required might not actually preclude his participation.

DO SAY: how amazing, expensive and difficult it is.



THE INCESSANT INQUIRER

The Incessant Inquirer typically has a background in either a related sport, engineering, or, in the absolute worst case, both. Be prepared for a relentless barrage of technical questions exploring every little nuance relating flying to his area of expertise, from the design differences between intermediate and advanced gliders and parachutes to what computer language your vario is programmed in.

DON'T SAY: anything about the richness of the free flight experience. Stories of the magic of soaring in the golden glow of a beautiful sunset will only provoke a blank and uncomprehending stare.

DO SAY: give him the technical answers to his questions he demands.

DANGER: to escape the interrogation you may need to feign death, unless you can fob him off on to another Pilot.


THE AIR TRAFFIC WARDEN

Taking a short break from writing stern letters of complaint to the Times from the pilot's lounge at the airfield, the Air Traffic Warden considers himself a fully licensed professional aviator and regards paragliders in uncontrolled airspace with the same disdain he holds for mud on the gliding club carpet.

DON'T SAY: how relaxed and unregulated free flight in the UK is. The slightest hint risks to unleash a tirade on how you are a danger to yourself and others.

DO SAY: mention the superior performance of sailplanes.



THE UNCONSCIOUS IGNORAMUS

Although the Incessant Inquirer's questions may be overwhelming, they are at least pertinent and hint at the presence of a functional central cortex. The Unconscious Ignoramus's questions, sadly, grant him no such favour and indeed have been known to stymie the thoughts of the most mentally agile Pilot.
Typical queries include where you "jumped" from, whether you get tired holding on, and isn't it is exciting having no control over where you are going to land?

DON'T SAY: anything complicated. Any answer requiring mental processing will instantly be forgotten and may even cause offence.

DO SAY: My hang chute is blue!


THE FORMER PILOT

Unlike the other non-pilots listed here, you may initially be tricked into initiating communication with a Former Pilot yourself because of the paraglider bag he is sitting on or the hang glider on his car roof rack. Only after several minutes will your error become apparent when you learn that the last time he physically committed aviation was in 1998, even though he's still been regularly turning up at the hill with his gear since.

DON'T SAY: anything that implies a link between being a Pilot and actually flying. In his own mind the Former Pilot is still a Pilot who's just waiting for the right conditions. He loves the banter and the camaraderie with real Pilots, be careful not to put that in jeopardy.

DO SAY: how unsuited the conditions are to free flight and how reckless those in the air right now must be.

DANGER: the "Former Pilot" syndrome can be contagious. Be careful to limit your exposure.


THE IRATE LANDOWNER

Easily recognisable as he strides across the field towards you by the shotgun over one arm and the traumatised ewe under the other, the Irate Landowner, like his Gentleman's Club Congac-swishing friend the Air Traffic Warden, is a non-pilot that you really want to avoid. Bristling with rage, he is ready to hold you responsible for all damage that has ever occurred to his property, or might occur at some time in the future.

DO SAY: how awfully sorry you are, how you fully understand that grass in his field is an expensive and irreplaceable cash crop, and that the only possible reason that his animals could be scared of humans is the pretty wings floating over the distant hill.

DON'T SAY: aircraft making an emergency landing have the right to land anywhere.

WARNING: watch out for the Irate Landowner's evil sidekick, the Leaky Sheepdog who'll attempt to mark anything that lands in his territory.


THE RETRIEVE BUNNY

Every Pilot's dream Non-Pilot, the enthusiastic and warm hearted Retrieve Bunny has stopped to pick you up and shows a genuine interest in your passion. Clearly comfortable in the presence of a Pilot, perhaps because a friend or relative is one, social interaction is easy.

DO SAY: all that's great about free flying.

DON'T SAY: I've got a tandem, here's my phone number. The long term consequences can be severe.


THE FREE FLIGHT INSTRUCTOR

Instantly recognisable by the friendly wave, cheery smile and old flying T-shirt, the Free Flight Instructor has picked the only job in the world that requires him to be firmly on the ground whenever it is flyable while guaranteeing forced unpaid holiday on rainy days.

DO SAY: how the students love being up in the air and ask what essential item of gear you should purchase next.

DON'T SAY: how's the business?



Fecha aspas! Link para postagem original: http://www.paraglidingforum.com/viewtopic.php?p=178681#178681 . E ponto!

sábado, 7 de novembro de 2009

Entre as perdas do ganha-tempo


Se cada louco tem a sua mania, podemos então julgar felizes os que, como poucos, dedicam parte do seu dia a admirar tais insanos e insanidades. E eu, que já há cerca de dois meses estou sem carro, tenho realmente dedicado um tempo considerável para isso!

Ainda que por vezes pegue uma carona, ou use um carro emprestado, a idéia de estar sem carro é muito interessante. O mundo passa mais devagar. A vida também, por conseqüência. Aqui de fora, enxergo as pessoas dentro dos carros sempre com as mesmas caras: ou estão estressadas com o trânsito, ou estão distraídas com música. Ninguém está vivendo ali dentro; poderíamos quase dizer que o carro é realmente um momento de trânsito, no qual transitamos entre dois momentos da vida. Deixamos de viver quando estamos dentro dele. Viramos vegetais, e voltamos a viver quando chegamos ao local de destino. Ou vá dizer que você nunca saiu a pé para comprar pão e finalmente reparou que a vizinha pintou a casa de outra cor - ainda que isso já fizesse três meses?!

Vegetais. E você cansa, e muda! E fora o fato de que todos te olham desconfiados, ir e voltar dos lugares caminhando, pedalando ou de qualquer outra forma (à exceção do teletransporte, este não agregaria muito!), você passa a ver as coisas ao seu redor com outros olhos. Bem dizer, poderíamos dizer que simplesmente passamos a ver as coisas ao nosso redor!

E às vezes dá um pouco de receio deste ritmo frenético em que todo mundo está vivendo... Quanto tempo, por exemplo, será que perdemos dentro do carro? Será que aproveitaríamos ele melhor se não estivéssemos dirigindo de um lado para o outro? Não sei. Acho que nunca vou saber. Mas, daqui de fora, a impressão que tenho é que quem dirige sai perdendo.

Hoje, por exemplo, passei por um local onde haviam muitas mulheres fantasiadas e gritando algo; quando um carro passou, elas gritavam em uníssono e ritmadamente "um real! um real! um real!". Passei de bicicleta, e dei risada. E sedimentei meu ponto: se tivesse de carro, neste caso, teria perdido um real! haha :- ) Abraços, e ponto.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tangará, terra dos bons vinhos e do vôo livre!


Com o sol raiando desde duas semanas antes do feriado, e a última etapa do Sul Brasileiro de parapente se aproximando, o destino do feriado não poderia ter sido mais certo: fomos para Tangará, a terra dos bons vôos e do vinho livre. Ou algo assim...

A cidade, pequena que só, não oferece qualquer diversão para os visitantes aleatórios. Apesar do pomposo escrito no portal de boas vindas, Tangará é uma cidade espremida entre cidades maiores como Videira, Joaçaba e Fraiburgo. Tangará ficou apagada, e resolveu entitular-se a capital do vôo livre. Bom... pelo meu julgamento, ainda que seja de pouca importância para o mundo do vôo livre, definitivamente deu certo!


Foi em Tangará que eu fiz meu primeiro XC, que relatei no blog do ronnie, e foi lá também que no ano passado fiz três pregos homéricos, enquanto meus amigos faziam mais de 100 quilômetros de vôo. De fato, voltei traumatizado para casa em 2008...

Para minha sorte, 2009 foi diferente. Apesar do prego no sábado, no domingo bati meu recorde pessoal voando 79km (não em linha reta, em "zigue-zague" dentro da competição) e pousando em Barracão, no Rio Grande do Sul. Cruzar a divisa de estado foi uma das coisas mais tensas, adrenantes e alucinantes que já fiz dentro do vôo livre. Novamente, Tangará entrou para a minha história com vôos marcantes. Pousei às 17h40, tendo decolado às 13h. Foi um vôo fantástico, no qual voei boa parte com o pessoal do Paraná mesmo; diversão garantida, apesar de ter ficado a 24km de goal (24 e pousado no RS? hmmMMmmm :- ) ).


No outro dia, com a prova de 60km num formato de "bate-volta", fiquei a 11km do goal. Tudo bem também, as quase 4 horas de vôo fizeram a viagem ter valido muito a pena!

E, como se não bastasse, a lua cheia da volta estava inexplicável. Não havia foto que pudesse captar aquela imagem, por isso não tiramos. Ficou apenas na nossa cabeça; e o fim de semana foi-se, fechado com chave de ouro - ou melhor, com lua de ouro. E entre narizes torrados, desidratações e volta ao trabalho, ficamos todos felizes. Ah, se todos os feriados pudessem ser assim... ponto.


Fotos: João Guilherme e Ronnie

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Projeto 7 e 8 - Dança para inclusão social


Ganhei um bottom novo. Ele diz que eu sou apoiador do Projeto 7 e 8, um projeto social muito legal que leva a dança de salão para crianças de mais baixa renda. A idéia, segundo eles, é usar a dança como "ferramenta de inclusão social e geração de renda". E, é claro que todos nós sabemos: dança é arte, dança é música, é cultura, traz alegria, alegria inibe a violência, e no final todo mundo sai ganhando!

E alegre, afinal, foi o clima do espetáculo montado pelos integrantes do projeto para angariar fundos e continuar a ação. Um novo braço teatral do grupo, intitulado "ato 7 cena 8", abriu o teatro com uma peça de teatro. Logo depois, o samba soou pelas caixas do Regina Vogue e a batucada embalou os pés das crianças que, acompanhadas pelos monitores, animaram-se e de certo orgulharam seus pais dançando com toda a malandragem que lhes cabe. A companhia do meu professor de samba, a Cia. Juchocolate, também deu show ao som do Chico. Muito, muito legal...

Quem realmente me conhece sabe que, apesar das minhas tendências anti-sociais, estou sempre (que posso) apoiando projetos como esse. Neste caso, acho mesmo que a música pode melhorar a vida das pessoas, tal qual acho que os apoios voluntários, quaisquer que sejam contanto que feitos de bom grado, podem melhorar sua estadia aqui na Terra. E, afinal... que mal pode haver em melhorá-la, já que você ficará aqui por um bom tempo ainda?! Abraços, e ponto.