segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Apanhei, mas continuei correndo!


Acordei às 4h da manhã e as palavras que passavam pela minha cabeça não eram das melhores. De fato, já que este blog pode ser lido durante todos os horários do dia, tais palavras sequer poderiam compor esta página: ela seria censurada! Mas eu devia acordar. Logo mais passaria, perto de casa, a van que nos levaria até Piraquara, onde largaria a 5a. Corrida de Revezamento das Nascentes do Iguaçu rumo ao Bosque São Cristóvão, em Santa Felicidade. E aí, é mole ou quer mais?

Foram pouco mais de 90km debaixo de muito, mas muito sol, os quais percorremos - boa parte dentro da van, é claro - com muita, mas muita diversão! Se tiver paciência, o relato está fiel à realidade por nós vivida!

No primeiro trecho ainda estava um pouco frio, devido à serração, mas ainda assim largamos num ritmo modesto. Segundo o Luiz, ele ficou em último na largada! Aos poucos fomos ganhando ritmo (quando encontramos o Luiz ele já estava longe do último!), e a adrenalina da prova foi aumentando para a nossa equipe.

Algo curioso desta prova é que não há apoio durante os trechos, nem sequer hidratação. A equipe, de 10 pessoas, é responsável por tudo isso - e "ai" de quem jogar lixo no meio do caminho: a penalidade é de 15 minutos no tempo total! Acompanhamos então todos os atletas durante toda a corrida - e por isso o clima de união é inigualável.

"Largamos" na frente e aguardamos no km 4, corremos um pouco para entregar água ao Luiz (atleta 1), e voltamos para a van para encontrá-lo novamente no km 8. Depois, só no posto de troca.

Durante este trecho, chegamos à conclusão que aquele trecho devia ser um dos difíceis, pois haviam muitas subidas nele. No terceiro trecho mudamos nossa opinião, e desistimos de pensar que haveriam trechos fáceis. A prova foi uma montanha-russa sem fim, não houveram trechos planos ou fáceis!

O trecho 2 foi um dos longos, e puxei o Paulo ao final dos 13km (últimos 200m). Ele estava bem inteiro, e a adrena só aumentava para nós! E que bom que havia adrenalina, pois o trecho 3, obrigatório que fosse uma das mulheres (nas equipes mistas), foi um dos mais díficeis (na nossa opinião). A cada curva que fazíamos (dentro da van) todos torciam o nariz como quem diz "car!%#$%@!!!!!!". Mas a Natalie correu firme e forte!

Peguei a pulseira (já com o suor acumulado de três corredores) e sai correndo bem determinado! O sol já começara a judiar da Natalie, e dali pra frente só piorou. Competição assim sempre me adrena, e eu ainda achei que meu trecho tinha 12, e não 10km! Ainda assim, fui no meu ritmo normal/forte, e segui caminho super determinado. Venci a primeira subida longa, em terreno de chão, gritando "Rocky Balboa!!!" para a câmera. Era nossa equipe, e - claro - nossa determinação! Apanha mas continua lutando, cai mas luta de joelhos!

Pegamos um pouco de asfalto e passei pela casa de um "tio", o tio Mileck. Não os vi, acho que não estavam em casa (ou não saíram mesmo, deviam estar vendo TV ou almoçando hehe), mas foi legal a sensação de ter "mais alguém conhecido por ali". Distraiu-me por um ou dois minutos, até que a estrada de terra começou novamente.

Inevitavelmente, debaixo de tanto sol, quebrei e andei em 3 subidas no total do percuso. Ainda assim, fechei os 10km em 51 alto, tempo que considerei bom para aquele sol infernal! De qualquer forma, só fechei bem porque, a partir da "segunda quebra", a Natalie (sim, a do trecho 3) veio de anjo e me puxou até o final!

Minha pulseira foi para o Marcus, que correu firme mas sentiu o joelho no finalzinho. A Natalie o puxou no último km também! Nesta, o motorista, seu Ronaldo, soltou a máxima do dia: "Po, mas se não fosse as mulheres nessa equipe aqui, os homens tavam tudo lascado, hein?!". Nesta hora, proibimos a Natalie de fazer anjo para os próximos corredores: nossa moral já estava muito baixa! rsrs

E então assumiu a Mayara, nosso sexto elemento! Com todo aquele sol na cabeça, era de se esperar que nosso desempenho caísse um pouco. Com a Mayara não foi diferente; aliás, pra quem correu de Nike Shox e segurando um relógio que não tem mais pulseira, ela foi mesmo super bem! Eu e o Luiz demos um apoio para ela durante o percurso, e lá chegamos novamente ao posto de troca!

Nosso fator de medida eram sempre as outras equipes. Medíamos quantos havíamos passado, e quantos haviam nos passado. Interessante é ver que, mesmo caminhando, todos nós passamos pelo menos 1 corredor durante nossos trechos. É sinal de que estava difícil para todos, certo?!

A Mayara entregou a pulseira para o Leo, que sofrou tanto quanto eu com o sol. Numa hora em que eu estava correndo com ele, ele me disse estar levemente tonto. "Se tontear mais, avise que eu te carrego", eu disse pra descontrair! E a risada até que rendeu mais alguns metros de corrida a ele, e assim fomos até o final. Ele pegou uma subida que realmente não acabava mais...

Não acabava mas acabou, e o Samuel - CUnhado do Leo - assumiu a bronca. Pense que a pulseira, de algodão, já estava indo para o 8o. elemento. Pense que estava sol. Pense que todos nós suamos. Agora pense que um de nós estava com a gripe suína!!!!!!! Não, brincadeira, acho que ninguém estava : -)

O Samuel fez um trajeto árduo, e para nós (dentro da van) pareceu nunca acabar. Neste trecho, todos nós que já havíamos corrido demos uma boa lesada. Numa hora, balancei a cabeça para não dormir/desmair e olhei para a May (que estava do meu lado); ela estava virando os olhos de sono e cansaço também... Pelo menos não era só eu! hehe.. Mas nossos últimos corredores estavam firmes e fortes.

O namorado da Ana, a 9a. corredora, nos acompanhou a partir de certo trecho. Legal foi que ela, quando pegou a meleca, digo, pulseira, tocou o barco e deixou todo mundo pra trás - van, concorrentes e até o namorado! Ela pegou um trecho apelidado de "Serrinha". Pensou?! O resto foi até fácil perto deste!!

No posto de troca dela, fomos buscar água numa casa - a nossa estava acabando. Fato para lembrar: levamos cerca de 12l de água. Foi pouco. Devíamos ter levado 20!

A água que pegamos estava tão gelada que renovou o espírito de todos nós! Também, o pique demonstrado da Ana confirmou a profecia do seu Ronaldo: não fossem as nossas mulheres, estaríamos mesmo ferrados!!!!!

Sem andar sequer 2 metros, a Ana entregou - já de volta no asfalto - a pulseira para o Caio. Aliás, o Caio foi um elemento muito interessante. Um japonês um tanto quieto, mas de extremo bom humor - ao menos para levar na esportiva nossas brincadeiras. Ficou quase a prova inteira no canto dele, concentrado, pensando... Em determinada altura, o apelidamos Super Trunfo. Ele era nossa carta-surpresa, com poderes suficientes para acabar com todos! hehehe...

Mas não é que foi?! O japonês deve ter mandado um 4:30min/km em boa parte do seu trecho, de 6km, e nós festejávamos na van! A subida da estrada do Cerne marcou o trecho final da prova, e eu corri um pouco em Santa Felicidade com ele. Quando faltavam cerca de 600m, resolvi me juntar novamente ao japonês. A Natalie já estava correndo com ele (pensa numa mulher que corre, hein?!), e quando eu e a Ana chegamos foi uma energia muito legal! Soltamos alguns gritos de força e aumentamos o ritmo! Com 300m, juntamos todos para cruzar a linha. E daí foi só correr pra alegria!!

Terminamos a prova num total de 8h37, um tempo muito bom perante o sol que não ajudou em nada. O nosso 80o. lugar geral, de 120, fez-nos confirmar que de fato "não havíamos ido tão mal". Algumas equipes nem sequer chegaram a finalizar a prova a tempo!

Mas o que importou de tudo isso não foi a corrida, o quanto corremos, o quanto ganhamos ou o quanto perdemos. Desde o mau humor das 4h da manhã até o banho e cama, às 19h, tudo, tudo mesmo, valeu muito a pena! A adrenalina do começo, o nervosismo do posto de troca, o esforço do trecho percorrido, a fadiga do pós-corrida, a quase falta de água, a alimentação macrobiótica da Natalie (que escovou os dentes com chá durante o percurso), o Paulo revelando ser urologista sem o menor constrangimento (até agora não entendi!), a energia do Leo em coordenar a equipe, a garra do Samuel de continuar lutando no seu trecho, o Marcus correndo com dor mas sem dó, a Mayara com seu Nike Shox (haha), a Ana sedimentando o poder feminino da nossa equipe, o Luiz correndo 12km como se fossem 3, a van que me levaria pra casa me abandonando no final e o Caio revelando força 12, velocidade 12 e garra 13 (no melhor estilo Super Trunfo de ser)... Não houve nada, nada, que pudesse ser melhor na nossa equipe. Foi tudo um show, um show que - de certo - cada equipe curtiu consigo mesma. Não foi uma prova para os outros. Para nós, da Rocky Balboa, foi uma prova para nós. Foi um dia divertidíssimo, uma união fantástica, e uma sede de quero mais! Aliás, quero mesmo! Só deixa eu descansar alguns dias... : -) Abraços, e ponto!

Fotos: www.corredorescuritiba.com.br e Júnior (da comunidade CRC)

sábado, 29 de agosto de 2009

Abracei a "arvrinha"!

Por alguns instantes, hoje, coloquei meu lado ambientalista em prática: abracei uma araucária! E das boas!! Cerca de 12m de altura, verde, sorridente, alegre, divisora de terras... Abracei-a com gosto. Só teve um pequeno problema: eu estava voando! Ela não.

No vôo livre, costumamos dizer que há três tipos piloto: os que já arborizaram, os que vão arborizar e os mentirosos. Eu, que estava no grupo "do meio", passei ao primeiro pilotão! Com uma arborizada digna de um preá (como chamamos carinhosamente os alunos recém-formados), entrei para o mundo dos que sabem a sensação de ficar pendurado numa árvore a poucos metros do chão. E olha que tinha um pasto de cada lado!

Aconteceu que, como sempre, eu mudei a estratégia no meio do caminho. Estava já indo pro pouso, depois de um "meio cross" (leia-se: um vôo de cross crountry que não deu nem pra passar dos 10 km), e o pouso estava lá, verde, lindo, com o sol batendo ao fundo e as vaquinhas olhando curiosas. Eis que fiz uma curva para a direita, com a intenção de perder altura, e o variômetro (instrumento que mede a variação de altura) indicou ascensão!

"Opa!", pensei, "vai que dá pra subir de volta!". "Vai que dá"... Este pensamento retardado devia ser excluído da cabeça de pilotos de parapente. O vai que dá não deu, e de repente o pasto que estava sorrindo pra mim ficou atrás das árvores!

Como tinha outro pasto do "meu lado da árvore" (que, mais tarde, virou meu mesmo hehe), dei o bordo para o pouso. Mas, quando estava a poucos metros do chão, houve um desprendimento de uma pequena bolha, que me jogou uns 15m pra cima. Se continuasse a tentar pousar onde estava tentando, iria passar reto - literalmente! - e pousar nas árvores la na frente. Ou na estrada do Cerne, o que poderia causar um baita acidente!

Vi um vão entre duas árvores que dava para o pasto anterior. Resolvi tentar. Mas cometi o erro mais grave da minha vida: OLHEI PARA A ÁRVORE. Resultado? A-BRAÇA a árvore!!!!

E aí foi uma sensação super legal. Na verdade, é legal ver a árvore crescendo. Ela parece pequena, de repente, ela é maior, de repente PÁ! - você está dentro dela. Que nem nos filmes!

O Rona, Marquinho Bombeiro e Gil foram fazer o meu resgate. Pensa num resgate trabalhoso. Não pelo trabalho em si, mas porque eles tiveram que rodar pelo menos 15km pela estrada até chegar no ponto onde eu estava. Ou seja: não bastava arborizar, tinha que arborizar longe de todo mundo!!

Tiramos fotos mas estão na máquina do Marquinho. Quando pegá-las eu posto aqui, que é pra deixar registrado. Ganhei o troféu Pinheiro quando voltei ao clube do Palha, e quase um apelido novo. Isso, Pinheiro. Ou Gralha Azul também. O humor rolou solto, a cerveja foi paga, e a história veio pro blog. E, claro, pra vida. Afinal, é preciso ter histórias para se dizer que se viveu, non è vero?! Abraços, e ponto!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Campanha "Todo dia é dia!"

A partir de hoje, e até o final do ano, alguns dos meus melhores amigos estarão numa situação crítica. Estarão fadados a passar apertos, a suar frio, a "tremer na base", a exitar diante da minha pessoa. Afinal, cedo ou tarde eles lembrarão que meu aniversário era no final de agosto. E, cedo ou tarde, eles lembrarão que se esqueceram disso. Que vergonha, hã?!

Vergonha nada! Vamos parar com isso. Cada ano tem 365 dias. Alguns tem até 366! Eu (que não creio) peço a Deus que me livre destas ligações de quem só lembra de mim no dia do meu aniversário. Sai pra lá, jacaré!

Amizade não é isso. Arrisco dizer, e arrisco e tomar uma pedrada ao dizê-lo, que ligações no dia do aniversário deveriam ser extintas. Eu posso passar anos sem falar com um amigo. Quando o vejo, é como se o tivesse visto há uma semana. O carinho permanece, a alegria do encontro é a mesma, quando não maior. Isto sim é amizade! Aniversário é só uma data.

É claro, as ligações são sempre bem-vindas. Mas, em geral, são bem-vindas quando não se restringem ao aniversário: o aniversário é apenas uma desculpa boba para falar mais um pouco com aquela pessoa que tanto prezamos...

Mas por isso, e só por isso, estou lançando a campanha "Todo dia é dia!". Afinal, todo dia é dia! Por que só no aniversário? Por quê não ligamos para as pessoas quando bate aquela vontade de ouvir a voz? Por que não escrevemos um e-mail descompromissado durante o dia, só pra ver como vai o outro lado? E um jantar? Por quê não?! Vamos jantar, esquecer da vida e colocar o papo em dia!

Isso sem falar nos esportes. Aos amigos aventureiros, vamos embarcar em mais uma, num fim de semana qualquer! Vamos correr no parque, sobrevoar alguma cidade, almoçar numa cidade do interior.

Vamos curtir. A vida não existe apenas um dia por ano, e meus amigos é que não esperem que eu seja amigo apenas um dia por ano. Se dividir 1 por 365, você vai ter menos do que 0,0027. Entendeu?! Não dá nem "meio porcento"! É isso que você dedica aos seus amigos?!

Pois eu não! E por isso sou chato. Do estilo da Felícia, às vezes. Mas porque eu gosto das pessoas. E, quando gosto, as quero curtir - antes que eu passe pra outra melhor, é claro. Se há mal, não sei. Mas, pra mim, vale mais um e-mail numa quarta-feira do que uma ligação no dia do aniversário! E pra você?

Abraço alegre de quem, hoje, faz anos; e ponto!

Foi minha mãe quem me mandou...



Mãe moderna, hã?! : -)

sábado, 22 de agosto de 2009

Algo

Não entendo meu fascínio. Por quê? Como pode ser, como pode tal fraqueza, por nada?! Não há nada demais, e sei bem que o fascínio é nada mais do que um... fascínio. Pela cor, pelo movimento, pelo som, pelo cheiro... É um encanto; uma mágica, uma magia - negra, talvez. Negra não por ser má, mas por ser uma prisão. Acordo e estou em transe. Acordo do transe e quero voltar para ele. Bebo água e sinto o gosto. Respiro e sinto o cheiro. Vou pra longe e escuto tudo. Vou pra perto e fico tenso. E não entendo... ponto. ponto. ponto.

Enquanto isso, na sala da diretoria...

É que às vezes é bom registrar as coisas das quais damos risada, pra futura referência...

- Lembra do Mario e do Luigi, do Super Mario Bros? Então... Por que eles foram ao psicólogo? Porque eles estavam passando por uma fase difícil! hehe

- O português recebe uma carta... Ao final, um P.S.: "Eu ia enviar 200 euros junto, mas já havia lacrado o envelope!"

E vamos escalar, já que o dia não deixa voar. Abraços, e ponto.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cordilheira do Santana - "o" clube!!

Estou com preguiça de escrever sobre o fim de semana. Mas ele foi ótimo. Voei por mais de duas horas, acampei na cordilheira, comi macarrão carbonada (fala sério!), tomei banho quente (fala sério de volta!), e o resto foi todo bom!

Vou deixar aqui um panorama do lugar, que fiz há algum tempo. Aliás, dois. Um visto de baixo, e outro visto de cima. Clique na foto para vê-la de forma decente. E ponto.



quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Rocky Balboa: é nessa que eu vou!

Estamos a 2 semanas do próximo desafio em equipe que enfrentarei. Aliás, desafio não. Festa. Da próxima festa em equipe. Nos arredores de Curitiba/PR, acontecerá no dia 30/agosto a corrida de revezamentodas nascentes. E me escalaram para uma equipe com nome sugestivo: Rocky Balboa. Sentiu? Nós vamos "socar a bota"! : -)

E hoje, como seria lógico acontecer em algum momento, fomos nos conhecer. Sabe como é, pra dar um tom de equipe para a nossa... bem, para a nossa equipe. Apesar de 3 deslfaques - que, de fato, todos esperamos que não aconteçam na corrida em si -, a reunião foi bacana. Todos bem direcionados, focados, felizes, entusiasmados, e mais importante: ninguém estava com a gripe suína. Nem suspeita, pra ser sincero! Bem legal!!

Daí é isso. Só para registrar o encontro, regado a batata do Beto, risos e histórias particulares. Cada um contou um pouco de si, e um japonês não falou nada. Juro que não tenho preconceitos contra japoneses - de fato, tenho em geral grande simpatia por "sanseis" (rs) -, então, por favor, não me levem a mal quando faço algum comentário sobre japoneses. É simples coincidência. O japonês de hoje não falou nada. Nada. Mas tá bom. Isso não faz dele uma pessoa pior. Aliás, conheço muita gente que podia ganhar muitos pontos se ficasse quieta às vezes... Sim, naturalmente eu sou uma delas! :) Abraços, e ponto.

domingo, 9 de agosto de 2009

Já que é meu objetivo...

Em 2007, fui para Porto Alegre correr a maratona. Quebrei no km32, e fui caminhando/correndo até o final. Este vídeo realmente me traz "lembranças" :-)



E depois de um fim de semana destes, repleto de sol, vôo, cavagalda, corrida, pedal, vôlei, almoço em família e filme - porque, afinal, descansar é preciso, que venha a boa semana! Abraços, e ponto.

Sexta à noite? Vôlei de praia!

Se você mora em Curitiba, são pouquíssimas as opções que você tem para entretenimento: ou você vai para o shopping, algo arriscadíssimo em tempos de crise, ou você vai para o parque, algo arríscadíssimo na calada da noite. Mas um grupo de voadores, com muito tempo sem voar, resolveu inovar: fomos jogar vôlei de praia. Sim, em Curitiba! :-)

Passei correndo pela Arthur Bernardes e lá estava o Ronnie, um dos nossos melhores pilotos do Sul do mundo, armando a rede de vôlei. Passei na volta e o pessoal me informou que ficariam muito ainda lá, pois a noite inteira estava reservada para eles a quadra. Cheguei em casa, montei na bike e bora pra lá!

Ia só pra ver, mas eles insistiram que eu entrasse e eu entrei. Pensa num fiasco. Se tem algo que eu nunca soube, além de inúmeras outras coisas, é jogar vôlei! Quando era manchete, ia pra fora. Quando eu levantava, eu levantava bem em cima de mim. Quando eu bloqueava, a bola caía pra nossa quadra. E perdi uns 5 saques porque, ou não passaram para o outro lado, ou quase passaram da grade de proteção!

Enfim, um fiasco. A coisa mais tosca que já se viu em termos de vôlei. Eu devia ser café-com-leite nessa coisa, mas acho que ninguém acima de 5a. série lembra desse tipo de coisa... De qualquer forma, valeu; voltei para casa sujo de areia, nos divertimos bastante (apesar dos pesares) e bem... de certo foi melhor que ter ido ao shopping! hehe... Sexta-feira que vem tem mais! E aí, vai um saque por baixo? Abraços, e ponto.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Luto.

Hoje o dia é de tristeza. Recorro ao silêncio. E à lua. E ao pedal. E ao silêncio novamente. Às vezes dá vontade de desistir; de parar tudo. O ser humano é mesmo fantástico, tanto para o bem quanto para o mal. A notícia do assassinato do dono do Nyck Costela no Rolete foi de chocar. Foi um baque. Dá mesmo vontade de pegar quem o fez e arrastá-lo pelo asfalto até que não sobre nem mais um fio de cabelo sem se partir. E não é por ódio nem por vingança. Mas, como dizem... a Cézar o que é de Cézar. Fiquei chocado. E estou de luto. Por nós, é claro. O Nyck foi pra um lugar melhor. Nós continuamos aqui, tendo que conviver com "coisas" como esta. ponto.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Enquanto isso, na sala de reuniões...

"Jáá que tu não és sincera, eu vou te abandonar uuummm dia! Alegria!"

- Uma fotógrafa doida chamada Ellen van Deelen fez uma seção com ratos e instrumentos musicais. Você tem alguma dúvida de que os ratos foram adestrados? Repare bem! Ele estava até sorrindo!


- Tamiflu está em falta, mas na internet já é possível encontrar o substituto: Tamofú!

- Li há pouco; um americano teve seu júnior colado na barrica, com superbonder. O motivo? O cara tinha mais amantes do que dedos na mão! E o pior: a foto de uma das amantes, que ilustrava a notícia, não tinha nada perto de ser bela! Fico pensando no desastre que seria a esposa... E antes que me crucifiquem, não sou preconceituoso quanto a isso - acho mesmo que beleza não é tudo. Outrossim, foi Vinícius quem disse - e o Vinícius eu respeito: "as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental"...

E antes que, além de crucificar, ainda me joguem pedra, fico por aqui. Que amanhã tenhamos mais sol, mais risos e mais alegrias! E viva Cartola! ponto.

Yeeaaaaahhh!!!!!

Voltei! Esta semana não poderia estar com saldo mais positivo - finalmente! Depois de anos (mais de 3 semanas!) sem treinar decentemente, esta semana está o que os meus avós chamariam de supimpa no tempo deles! Fantástico, estou transpirando êxtase (num plágio descarado, Rodrigo! desculpe-me :) )!!

E olha que nem seria pra tanto! Na segunda-feira corri pouco menos de 6km. Ontem, pedalei pouco mais de 12km, e hoje corri pouco menos de 10km. Um treino bem modesto, se comparar aos também modestos 100km/semana em média que estava fazendo antes da gripe me pegar de jeito. Mas já está mais do que suficiente. So far, sooo good!

Arrisco-me até a passar a barreira da religião para o registro de um pensamento que tive enquanto estava no km8 (mais ou menos). Desculpem-me os que se ofendem...

É que , se eu cresse em Deus, pediria por favor que Ele me proporcionasse por todas as semanas do resto do meu ano (modesto!) semanas como esta, onde só coisas boas acontecem, coisas positivas, não só nos esportes mas também nas amizades, nos negócios, enfim, semanas como esta! E prometeria algo absurdo em troca!

Mas não creio. Então, me proponho a fazer as semanas serem como esta, porque - Deus! - que semana boa está sendo! E digo mais! Se eu conseguir manter os treinos em dia, fora todo o resto, vou correr a maratona de Curitiba! E se eu completar a maratona e ainda tiver gás, vou correr até a Lapa! E se eu chegar lá e ainda tiver pernas, vou descer até a gruta do Monge para subi-la correndo! Se eu não tiver mais pés, vou subir de joelhos mesmo! E se eu subir e não tiver mais joelhos, vou pegar um papelão de capa de móveis e vou descer a escadaria escorregando! E vou subir a gruta do Monge escalando! E quando eu chegar lá em cima, se não tiver mais braços, ainda vou dar um jeito de olhar pro Monge! E daí... bom, daí eu morri! Daí não se esqueçam de me cremar, e ler as instruções do que fazer com as minhas cinzas aqui!

Um abraço cheio de energia, e não se esqueçam de olhar pro céu! Os religiosos pra rezar, e os ateístas pra admirar a lua, que está belíssima por estes dias! ponto de exclamação!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sob a lua

A lua. Quem criou o Lobisomem foi de certo um poeta, ao perceber que a lua cheia exercia mesmo certa magia nas pessoas. É fato que a magia era de encanto, mas o poeta precisava era de um conto de terror. Uniu o útil ao agradável. Criou o Lobisomem. E assustou com a lua cheia.


Mas a lua cheia não cria lobisomens. Ela simplesmente hipnotiza seres comuns, como eu ou você - assumindo ao dizer "comum" que seu closet não guarda nenhum grande esqueleto, é claro. E ela fascina também, a ponto de que podemos passar horas e horas a observando, sem qualquer pretensão de um dia tocá-la, e ainda assim ficarmos lá.

De fato, tocá-la seria chato. Creio mesmo que o fato de ela ser intocável pela maioria de nós é que a torna tão fascinante... Mas como? Como pode algo tão misterioso, que por fim se torna tão belo?! Como pode ela existir, e manter-se lá, para que nós a observemos mês após mês?

Talvez - apenas talvez - seja mesmo da nossa índole, nos encantarmos pelo que é intocável; talvez o que podemos alcançar não tenha o mesmo gosto quando alcançamos; talvez o que podemos tocar não tenha mesmo a textura que pensávamos. Talvez precisemos disso: precisemos de algo impossível, para lembrarmo-nos do nosso lugar. Assim, saberemos sempre que há algo que ainda não conseguimos alcançar, e nunca pararemos de caminhar.

Amanhã é lua cheia. Hoje ela está se preparando. A maquiagem ainda não acabou. Não importa. Me pus a observá-la. E lá fiquei. Sozinho. No escuro. No claro. Sob a lua. ponto.

domingo, 2 de agosto de 2009

Na casa da minha vó

Cada pessoa tem uma sensibilidade diferente às suas próprias lembranças... Para algumas, determinado cheiro remete a alguma memória diferente; determinado gosto traz como um estalo alguma fase especial que vivemos; e certa paisagem, quando nos deparamos, nos remete a um sonho que tivemos há 10 anos atrás, com exatamente aquele mesmo visual - apesar de nunca termos ido àquele lugar antes. Mas a casa da nossa vó é unânime: inevitavelmente teremos lembranças únicas, inigualáveis e fantásticas da parte da nossa infância vivida por ali.

A casa da minha (avó) já não é mais como era antigamente. As paredes do prédio estão mal-cuidadas, o hall de entrada parece um canteiro de obras e o elevador não forma mais um degrau: fora trocado e agora ele pára exatamente no andar. Mas dentro, porta adentro, os móveis continuam iguais, o carpet continua azul na sala de TV, a cozinha-corredor manteve seu azuleijo cor-de-rosa, as janelas são ainda fechadas por conta do frio e a mesa, como sempre estivera, permaneceu farta, oferecendo um café perfeito para o inverno curitibano.

A cada ano, ao sentarmos na mesa, olhamos em volta e notamos as mudanças da família. Todos fazem isso, consciente ou inconscientemente. E não tenha dúvidas de que, mesmo tendo crescido um bocado, continuamos compondo a "mesa dos jovens", que come após os "adultos" já terem se servido. Afinal, historicamente, as crianças querem brincar - e não comer - quando se reúnem. Na nossa família isso não fora diferente!

Depois de satisfeitos, nos acomodamos sala de TV. O sofá continua o mesmo, a tapeçaria da parede, o faustão na telinha... É tudo igual. Aliás, há uma novidade: quem se joga no sofá, se enfia entre as poltronas e se esconde atrás das almofadas não somos mais nós. Há uma nova geração agora, os filhos dos meus primos, que fazem este papel. E a nossa geração se divide: alguns fazem o papel de adulto, freiando as crianças; outros fazem papel de criança, agregando sapecagem às brincadeiras.

Do parapeito daquela sala vi o gramado do térreo. Nove anos antes, no aniversário de 70 anos da minha avó, fizemos uma serenata para ela. Lembro-me que eu e meu irmão estávamos começando a tocar violão (e eu ainda com o cavaquinho), e cantamos Roberto Carlos com velas empunhadas e violões "afinados", seguido de um "Parabéns para você" meio em ritmo de samba, meio em ritmo normal. Quando nos lembramos disso, minha prima tirou a faixa que levamos naquela noite, que dizía "Vó Adelaide - Nós te amamos". Foi muito legal - ao menos para mim - relembrar disso; eu já havia mesmo esquecido...

E assim foi, entre tantas outras histórias... Minha avó já não tem mais uma boa cabeça; pouco se lembra de atos recentes, e eventualmente esquece alguns mais antigos. Mas a expressão de alegria no rosto e no sorriso dela, ao nos ver chegando, foi única. A impressão que tive, ao cumprimentá-la, foi que ela, agora, está apenas pelo coração; deixou de viver pela razão. Mas bem... se é assim, loucos talvez sejamos nós, ao taxá-la de doente. Vai ver, ela está tentando é nos ensinar algo, enquanto ainda tem tempo para isso... ponto.

Pensando bem...

Consta em vários livros, artigos, publicações e anotações de professores, que foi Abraham Lincoln quem disse a frase abaixo. Isto já foi contado tantas, mas tantas vezes, que já assumi como verdade. E a frase, para mim, é, também, uma verdade (independente do seu autor). Então, abre aspas...

"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota... do que falar e acabar com a dúvida."

Fecha aspas, e um bom domingo a todos nós! Pois se não há nada pra ser dito, que não se diga nada! :-) Abraços, e ponto.