Um olhar, uma frase, um tom de voz, um suspiro diferente... Algo, você sabe que há algo que se destaca ali. Você não fala, ela não fala, mas está lá. A cada oi, a cada tchau, a cada simples menção que um faz ao outro, "aquilo" fica evidente... Uma sensação incerta, que você aceita, ou recusa. E corresponde, ou responde. E há quem fale que o amor é o que nos completa. Pois eu digo que a sedução é o que nos mantém vivo!
Pois se amar é uma dádiva, seduzir é uma arte. Somos vítima do amor, mas criminosos na sedução. O amor nos atinge, e nós é que atingimos com a sedução. Se amor é um porto seguro, a sedução é um campo minado por bombas de adrenalina, tristeza, solidão e incerteza.
Seduzir é uma aventura. Não é seguro, não é confiável, não é certo. É mais do que o friozinho na barriga a cada encontro, ou a lembrança carinhosa diante de um trecho de filme. Seduzir, e ser seduzido, nos causa uma sensação de força, de virilidade, de vitalidade. É gostoso sentir a sedução no ar, e principalmente enquanto ela ainda não é realmente dita. É gostoso imaginar se aquele ato foi intencional ou não, se aquela frase deveria ter soado daquele jeito. É adrenante, é selvagem, é misterioso...
É jovem! É aquela ansiedade na hora de dormir; aquele passo incerto, dado mas não correspondido; aquela eterna e sagaz dúvida. É um misto de sensações que nunca parece ter fim, e é muito melhor enquanto não tem mesmo.
Entendo muito bem os que dizem que ter um amor é bom. Mas há algo ligado à sedução que me desperta um interesse mais evidente: aquela sensação da incerteza nos causa um caos interno, e é justamente no caos que a gente evolui. Daí, se seduzir é uma arte, me coloco não só na posição de artista amador, mas principalmente de seu principal admirador. Abraços, e ponto.
Você é BOM, Rique.
ResponderExcluirVocê é bom.
[Nada como sentimentos intensos e fugazes]
Nati.