domingo, 5 de julho de 2009

21km rasos, rumo às cataratas

Eram exatamente 6 horas da manhã de hoje, domingo, dia 5, quando meu despertador tocou. Aliás, tocaram mesmo 5 despertadores: dois do Claudio (ele é japonês) e um de cada outro dos quatro que habitavam o apartamento do nosso amigo Aimar neste fim de semana. E lá fomos nós, lentamente, como ursos saindo da hibernação, nos movimentando. O dia da prova chegara.


O grande problema de acordar foi devido ao exaustivo "dia anterior" que tivemos. Passamos literalmente o dia inteiro no Paraguai atrás de produtos para compra. Insano ou não, foi o que ocorreu. Com base nisso, deixo já um conselho: se você for correr 21km no domingo, não vá às compras no Sábado! hehe :o) Apesar de que só aumentou o desafio...

Desafio que, aliás, foi percorrido debaixo de chuva. O braço para fora logo no início da manhã serviu para "medir a febre", e, com um dia chuvoso e ainda escuro, saímos de casa rumo ao hotel Mabu, onde a largada da terceira edição da Meia Maratona das Cataratas aconteceria. Não sei quanto aos outros, mas eu estava bem ansioso...

Abrindo parênteses aqui... Ao ver o pessoal da Comunidade de Corredores de Rua de Curitiba todo molhado, sugestivamente me veio à cabeça a música Yellow Submarine dos Beatles. Cantei ela no quilômetro 4 e 5 hehe : -)

Falando em comunidade, infelizmente não corri com a camiseta; fiquei preocupado com o frio e, já que só possuo a regata, corri com outra que possuía mangas. Mas, ainda assim, reconheci alguns amigos, como o Lucio e a Diliane - esta que mal e mal esperava ver lá!

Também foi legal ver o Sérgio, grande amigo aqui de Curitiba, de cuja família toda gosto muito também. Nos encontramos na outra meia-maratona que fiz (até hoje só fiz 2), que foi a da PUC em 2006. Muito legal revê-lo, nos encontramos já na largada e tivemos uma boa conversa até ouvir a "buzina"!!

Mas foi com o Lucio e a Dili que comecei a correr; começamos num papo super animado, que fez o primeiro quilômetro voar e o segundo terminar antes que pudesse sentir. Aí o tênis do Lucio desamarrou, a Dili baixou um pouco o ritmo, e do quarto quilômetro em diante segui sozinho. Até então, havia feito um ritmo de 5:50min/km. Daqui pra frente, apertei o passo e mantive 5min/km.

Os primeiros 9 km passaram muito rápido. Na realidade, toda a prova passou muito rápido. O km9 é a entrada do Parquue Nacional, e foi muito fácil chegar até lá. Parecia que eu estava começando a corrida ali - e, de fato, estava! Haviam-nos dito que até o km9 era uma "montanha russa", mas depois ficava mais plano. A realidade, como sempre, se mostrou bem diferente do que nos haviam dito, e a prova continuou num sobe-desce frenético!

Dentro do parque, tivemos um ponto de isotônico em copos (postos de água tivemos incontáveis, durante todo o trajeto). Bem legal, pois não desperdiçamos uma garrafa inteira. E, por falar nisso, você já experimentou isotônico pelo nariz? Se não, devia! Basta ir a uma corrida que sirva isotônico em copos; a sensação é ímpar!! : -)

No km 14, ao passar uma mulher - cuja garra já havia admirado lá de longe quando a avistei na minha frente -, ouvi ela dizer para o fotógrafo "moço, eu to morrendo aqui!". Dei um gel de carboidrato e um pouco de isotônico para ela, no melhor estilo do Rodrigo (transpirando.com) na corrida de montanha. Pouco depois de eu ter cruzado a linha de chegada, a vi cruzando também, super feliz e sorridente. Vai ver, ajudou!! Fiquei feliz - mas já estava sorrindo, não mudou nada nisso hehe...

O plano de prova era manter o ritmo até o km 10, e depois acelerar um pouco para 4:50min/km. É claro que entre plano e realidade de alguém que caminhou um dia todo antes de uma prova há uma grande diferença! No fim das contas, corri o resto da prova num ritmo em torno de 5min/km, e fechei em 1h49min cravado. Não está ótimo, mas está muito bom!

Terminei a prova rindo e sorrindo. 21km nos causa uma sensação fantástica, por exigir um pouco de esforço a mais mas não excessivamente, como uma maratona. E o visual das cataratas no final é alucinante; não há dúvidas de que voltarei a fazer a prova em todo ano em que a oportunidade surgir!

Depois de cruzada a linha, retirado o chip e pego o "kit de chegada", iniciei o caminho de volta para buscar o Marcelo - que, pelo que vi, estava cansado logo no início. Encontrei o Aimar bem no finalzinho e corri alguns metros com ele. Depois tornei a caminhar pra trás e encontrei o Claudio, com o qual também corri alguns metros. E fiquei na chuva mais uns 20 minutos aguardando o Marcelo.

Desisti e, quando cheguei para buscar as coisas no guarda-volumes, lá estava o Marcelo. Segundo ele, ele chegou na frente do Claudio. Mas o Claudio não o viu passar!! Estamos desconfiados que ele pegou carona hehehe : -)

E foi isso. Mais uma meia-maratona na vida, mais duas pernas levemente exaustas, e muitas alegrias. Correr com amigos é muito bom, e desta vez não foi diferente. Apesar da solidão durante a prova, é legal encontrá-los na chegada, comemorar juntos, comentar, falar besteira... E, claro, comer! Comer depois de uma prova longa tem um gosto muito especial. Mas, deste, não posso falar nada... É preciso que se corra, e depois se vá a algum bom lugar para um bom almoço. Como diria um livro que li há temos... "Only a runner knows the feeling." Abraços, e-ponto.

4 comentários:

  1. Parabéns Henrique, muito legal o relato!

    Obrigado pela lembrança :-)

    Abraços!

    Rodrigo Stulzer
    transpirando.com

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Fala Henrique, tudo bem? Também estive lá e achei seu blog por meio do CRC no orkut. Muito boa a prova, parabéns pelo tempo amigo... Um abração!! Vou te add no orkut, ok? Sucesso e bons treinos!! Tuco.

    ResponderExcluir
  4. Henrique,

    Legal o seu relato sobre a corrida! Valeu pela companhia. Fico contente que tenha achado seu celular. Agora, vamos focar nosso próximo grande desafio: Maratona de Curitiba!

    Um abraço!

    ResponderExcluir